No FiEH 2022, Temisson dos Santos fala sobre as experiências extensionistas do Grupo Tiradentes

A partir de janeiro de 2023, 10% da carga horária de todos os cursos de graduação deve ser reservada às atividades extensionistas, possibilitando a integração da academia com a comunidade por meio da experiência do aluno.

Nas instituições de ensino superior (IES) brasileiras, o desafio é alterar os currículos para contemplar as diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE)

No Grupo Tiradentes, a implementação da curricularização da extensão começou em 2021 e já está no terceiro período. “Nosso olhar é voltado para o aspecto pedagógico”, conta o vice-presidente acadêmico do Grupo Tiradentes, Temisson dos Santos, na 1ª edição do Fórum Internacional de Educação Híbrida (FiEH). O evento, que ocorreu no dia 28 de setembro, em São Paulo, foi realizado pela DreamShaper, em parceria com a Ânima Educação.

Durante o encontro, Santos destacou que o trabalho da IES mineira está sintonizado com a estratégia 12.7 do Plano Nacional de Educação (PNE), que reforça a necessidade de atender áreas de grande pertinência social. “Nosso viés para construir o programa, que chamamos de ‘Experiências Extensionistas’, é a indissociabilidade entre pesquisa e extensão. Isso é o que estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)”, completa. 

PNE, LDB e ODS como guias

Com o PNE e a LDB como guias, o Grupo Tiradentes criou um plano para estimular as habilidades cognitivas e socioemocionais – como colaboração, autogestão e resolução de problemas – dos alunos através da realização de projetos. 

Além disso, a curricularização da extensão na IES está baseada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, os ODS têm como objetivo o enfrentamento dos maiores desafios do mundo até 2030. Entre eles, o combate à desigualdade e a proteção do planeta. 

Já o conteudismo foi deixado propositalmente de lado. De acordo com Santos, essa decisão foi tomada com base no fato de que a extensão está atrelada às vivências reais da sociedade. Assim, ao passo que avança nos projetos, o estudante adquire mais empatia e autonomia, além de se colocar no lugar de protagonista. 

Tecnologia como aliada

Contudo, a eficiência dos projetos de curricularização da extensão depende de muita organização. Nesse sentido, as tecnologias são indispensáveis

Por isso, o Grupo Tiradentes desenvolveu um portal de acompanhamento dos projetos em parceria com a DreamShaper. A plataforma é integrada ao ambiente virtual de aprendizagem (AVA) da instituição de ensino. 

“Há três passos importantes no sistema: a submissão dos projetos, a validação e a documentação. Tudo isso nos ajuda a garantir que a extensão cumpra com os objetivos propostos”, explica Santos.

Os alunos também recebem orientações online sobre os procedimentos e os conceitos de extensão. Dessa forma, eles ficam aptos a compor um grupo envolvido nos projetos comunitários. “Esse time de extensionistas é interdisciplinar. Ou seja, tem a participação de alunos de diversos cursos. Porque a vida real é assim”, ressalta Santos.

Toda a trilha de extensão que o estudante percorre é avaliada por rubricas – sistema de avaliação que ajuda a construir um aprendizado mais concreto. Além disso, há rodas de discussões e pesquisas sobre o objeto dos trabalhos de extensão. Tudo para promover uma imersão real do aluno com a comunidade ou organização apoiada pelas ações extensionistas. 

Quadrantes híbridos

Santos, do Grupo Tiradentes, terminou sua palestra no FiEH falando sobre os quadrantes híbridos. Formulado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), o modelo busca orientar as IES sobre as possibilidades abertas pelo ensino híbrido.

Apesar da formalização da curricularização da extensão ter sido pensada para ensino presencial, o Grupo Tiradentes possibilita que os alunos utilizem recursos e atividades em qualquer um dos quadrantes: presencial síncrono (PS), virtual síncrono (VS), presencial assíncrono (PA) e virtual assíncrono (VA).

“A legislação é clara em nos orientar como devemos fazer a extensão nas instituições. Porém, nada nos impede de oferecer aos alunos outras experiências pedagógicas, que agregam todos os modelos de ensino [EAD, presencial e híbrido]”, encerra Santos. 

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.

Clique para saber mais sobre a DreamShaper.  

Facebook
Twitter
LinkedIn
COMENTARIOS