Diretrizes do ensino híbrido podem transformar a educação superior

Em julho de 2022, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as diretrizes nacionais gerais para o desenvolvimento do ensino híbrido na educação superior brasileira.

Agora, o documento aguarda homologação do Ministério da Educação (MEC) para entrar em vigor, o que deve consolidar o ensino híbrido como principal tendência da educação pós-pandemia

O objetivo da medida é ampliar as bases regulatórias atuais, sem estabelecer limites percentuais para a realização de práticas e aprendizados remotos. Do ponto de vista da legislação, hoje, as graduações são divididas apenas em presenciais e a distância (EAD). Na prática, os cursos híbridos disponíveis no mercado funcionam, principalmente, através da oferta de 40% da carga horária online em graduações presenciais.

Com a proposta de regulamentação do ensino híbrido, as instituições de ensino superior (IES) poderão se valer de abordagens pedagógicas inovadoras associadas às tecnologias de informação e comunicação (TICs). Além disso, a flexibilização do processo de ensino e aprendizagem em suas características de tempo e espaço deve abrir caminho para a formação de novos percursos curriculares nas universidades.

Segundo o CNE, o ensino híbrido “amplia o espaço de aprendizado e as possibilidades de construção do conhecimento por meio de práticas e de interações remotas entre discentes e docentes, e dos discentes entre si, tornando-as motivadoras e mais dinâmicas, inspiradoras do processo contínuo de aprendizagem, gerando condições para [os alunos] continuarem aprendendo ao longo da vida”. 

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Como desenvolver o ensino híbrido nas IES

As diretrizes nacionais para o desenvolvimento do ensino híbrido na educação superior exigem a incorporação da modalidade ao Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e aos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC). Entre outras obrigações, as IES precisam detalhar a infraestrutura referente às tecnologias utilizadas e as metodologias e pedagogias aplicadas. 

os currículos devem mesclar atividades acadêmicas presenciais ou virtuais, síncronas ou assíncronas, a fim de proporcionar um aprendizado interativo e dinâmico com o apoio das tecnologias educacionais. O CNE também estimula a adoção de currículos por competências, bem como as interações entre graduação, pesquisa e extensão. 

O modelo dos quadrantes híbridos – Presencial Síncrono (PS), Virtual Síncrono (VS), Presencial Assíncrono (PA) e Virtual Assíncrono (VA) – terá, portanto, um papel decisivo nesse processo de inovação curricular. Inclusive, a DreamShaper e a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES) mantêm um grupo de trabalho para estudar as melhores maneiras de compor um modelo híbrido de sucesso – vale a pena acompanhar a iniciativa. 

De qualquer maneira, para desenvolver as competências esperadas pelo curso, será necessário apostar em atividades de ensino que vão além das aulas expositivas. Isso envolve, por exemplo, estudos de casos reais e orientação em práticas de pesquisa e promoção da curricularização da extensão, favorecendo as metodologias ativas, como a Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP ou PBL, na sigla em inglês). 

Uma vez homologado, o parecer permitirá que as IES ampliem a utilização do ensino híbrido para a curricularização da extensão – a partir de 2023, todos os cursos de graduação devem reservar ao menos 10% da carga horária total para esse tipo de atividade. Além disso, a modalidade pode chegar à pesquisa institucionalizada e aos cursos de pós-graduação stricto sensu. 

Ao mesmo tempo, não se pode deixar de lado a formação dos professores. O CNE exige a inclusão de um plano de capacitação docente no projeto curricular institucional que adotar o ensino híbrido. No plano, devem ser detalhadas as etapas, os módulos de conteúdos, as metodologias e as metas a serem alcançadas em cada fase cursada pelos docentes. O objetivo, com isso, é envolver os professores no planejamento e implementação das pedagogias medidas pelos TICs.

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.

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