O que são os quadrantes híbridos e como colocá-los em prática

Nenhuma modalidade de ensino saiu tão fortalecida da pandemia quanto o ensino híbrido.

Ao unir a educação a distância (EAD) e a presencial, o ensino híbrido ganhou a preferência dos alunos, conforme mostrou a pesquisa Observatório da Educação Superior. Como, entretanto, professores e universidades podem colocá-lo em prática?

Foi para ajudar as instituições de ensino superior (IES) nesse desafio que a Associação Brasileira das Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES) criou o conceito de quadrantes híbridos. Com isso, a ABMES pretende auxiliar as IES na construção de uma educação mais alinhada às demandas atuais, passando pela adoção de novas tecnologias em sala de aula. 

O que são os quadrantes híbridos

Os quadrantes híbridos são construídos a partir de dois eixos. Um é relativo ao espaço (presencial ou virtual) onde as atividades são realizadas. Já o segundo que diz respeito ao tempo (síncrono ou assíncrono) em que elas acontecem. 

A combinação das características dos dois eixos – tempo e espaço – abre quatro possibilidades didático-pedagógicas. Delas, resultam os quadrantes híbridos descritos abaixo, de acordo com a proposta da ABMES: 

Presencial síncrono (PS): corresponde às salas de aula convencionais ou às aulas presenciais em laboratórios, onde há presença simultânea do professor e dos alunos.

Virtual síncrono (VS): são as aulas remotas ou mesmo o chat usado pelos tutores no modelo tradicional de EAD. Professores e tutores interagem de forma simultânea, mas sem estarem no mesmo espaço físico. 

Presencial assíncrono (PA): consiste na realização de atividades práticas supervisionadas em momentos escolhidos pelo estudante, mas sem a necessidade de presença simultânea do professor. Por exemplo, práticas em laboratório, salas de estudo, bibliotecas e trabalhos de campo.

Virtual assíncrono (VA): quando o aluno acessa, por meio de ambientes virtuais de aprendizagem (AVA), o conteúdo digital disponível, como acontece no modelo tradicional, 100% EAD.

Como utilizar os quadrantes híbridos

Hoje, os cursos híbridos não são reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) através dessa nomenclatura. Na verdade, o ensino híbrido acontece em graduações presenciais que contam com os 40% da carga horária EAD permitida pela legislação – ou mesmo em graduações a distância com práticas presenciais obrigatórias.

Independente da questão regulatória, para que o modelo híbrido se concretize, segundo a ABMES, é fundamental utilizar, no mínimo, dois quadrantes na proposta pedagógica de uma disciplina ou curso. Professor e IES devem escolher quais atividades fazem mais sentido na estratégia de ensino e aprendizagem adotada.  

Sendo assim, confira, abaixo, alguns exemplos de quais atividades e recursos pedagógicos que podem ser encaixados em cada quadrante híbrido:

  • PS: aulas expositivas presenciais, aulas práticas presenciais.
  • VS: aulas expositivas remotas via plataformas de videoconferência, demonstrações e simulações virtuais, jogos de negócios.
  • PA: atividades práticas supervisionadas; estudos de campo, pesquisas e projetos científicos; atividades complementares.
  • VA: conteúdo digital no AVA; laboratórios virtuais; bibliotecas digitais. 

No documento “Os quadrantes híbridos na educação superior brasileira”, a ABMES afirma que os quadrantes híbridos significam uma ampliação sem precedentes das possibilidades de inovar nas atividades pedagógicas. O resultado, destaca a entidade, é um curso mais integrado às expectativas dos estudantes, com uma visão mais ampla do processo de formação e mais conectado às demandas do mercado de trabalho.  

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