Como unir o design thinking ao ensino por projetos

O design thinking é um conjunto de condutas e processos voltado à resolução de problemas complexos.

É amplamente utilizado como ferramenta de inovação no mundo empresarial, pois favorece a concepção de produtos e serviços que resolvam necessidades reais dos consumidores. 

Com um viés prático e flexível, o design thinking também é aplicado, cada vez mais, na educação, onde possui diversas intersecções com a Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP ou PBL, na sigla em inglês). Afinal, os dois métodos propõem a busca ativa e colaborativa por soluções. 

Além do trabalho em equipe, eles têm em comum a centralidade das pessoas no desenvolvimento dos projetos – sejam aquelas responsáveis por sua construção ou as beneficiadas por seus resultados. Não por acaso, protagonismo e empatia são palavras-chave tanto no PBL como no design thinking.

Por essas características, ambos estimulam o aperfeiçoamento das habilidades socioemocionais dos alunos e profissionais envolvidos. Entre as soft skills mais privilegiadas, destaque para a criatividade, o pensamento crítico, a resiliência, a comunicação, a liderança e a comunicação. 

Design thinking e PBL na prática

Foi para avaliar o desenvolvimento das soft skills em alunos que professores e doutorandos do Instituto Federal do Amazonas (IFAM) integraram o PBL e o design thinking em seis projetos. Os resultados foram publicados, em julho do ano passado, na Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação.

Os projetos responderam a desafios de empresas, como Caloi e Samsung, e entidades públicas, como a Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Amazonas. Foram desenvolvidas bicicletas sustentáveis, sistemas de coleta da água da chuva e propostas para reutilização de aparelhos eletrônicos. 

O PBL forneceu a organização geral e das etapas macro do projeto, o foco na autonomia do estudante, o conceito de mentoria e as avaliações formativas. Já o design thinking contribuiu com a organização interna dos projetos a partir da tríade imersão, ideação e prototipação. 

A integração entre os métodos foi considerada “simbiótica e mutuamente vantajosa”. Segundo os pesquisadores, o PBL e o design thinking mantiveram a liberdade e o protagonismo dos estudantes sem perder o foco e uma maneira organizada de estruturar o pensamento inovador.

Como aplicar na sala de aula 

Levando em conta os princípios da aprendizagem baseada em projeto e as necessidades de cada instituição de ensino, como fizeram os pesquisadores do IFAM, o design thinking pode ser aplicado em sala de aula seguindo as três etapas abaixo:  

Imersão: o primeiro passo é identificar, apresentar e estudar um problema e suas implicações. Além de compreender o público-alvo, isso envolve levantar, organizar e analisar dados e informações sobre um tema motivador para os alunos. 

Ideação: Em seguida, é hora de utilizar o estudo e a pesquisa realizadas na imersão para propor soluções e definir os objetivos do projeto. Essa fase é caracterizada pela exposição, troca de ideias e construção de estratégias pelos estudantes.

Prototipação: a última etapa visa a apresentação de um produto ou plano de ação que resolva o problema selecionado. Nesse momento, o feedback do professor é fundamental para que os alunos sigam aperfeiçoando o resultado dos projetos.

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.

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