Ensino superior: como a PBL impulsiona os projetos integradores

Reduzir a elevada carga de disciplinas conteudistas é um desafio para instituições de ensino. A solução, no entanto, tem nome e sobrenome: projetos integradores. 

Além de absorver os componentes curriculares mais importantes à aprendizagem, os projetos integradores colocam os alunos em contato com a rotina das suas profissões. Sobram, portanto, semelhanças com a abordagem pedagógica da aprendizagem baseada em projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês).

De caráter interdisciplinar, os projetos integradores podem ser executados por meio de parcerias entre cursos e até entre diferentes instituições. O objetivo principal é sistematizar os conhecimentos adquiridos em sala de aula, oferecendo uma combinação rica entre teoria e prática. 

Para chegar lá, os estudantes são instigados a elaborar serviços e produtos inovadores, sobretudo para resolver problemas reais de sua comunidade. Não por acaso, os projetos integradores se encaixam perfeitamente nas necessidades da extensão no ensino superior

Aliás, com a curricularização da extensão a tendência é que os projetos integradores ganhem ainda mais espaço na educação brasileira. Isso porque as diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE) determinam que no mínimo 10% da carga horária total de qualquer curso superior seja destinada à extensão a partir de 2023.   

A seguir, você terá acesso a opinião e experiência de dois especialistas de IES brasileiras: 

  • Allyson Costa, coordenador de projetos integradores do Centro Universitário UniAmérica (Foz do Iguaçu, PR)
  • Adriane Sttéfane Silva, coordenadora pedagógica de educação a distância da Unipam (Patos de Minas, MG)

Ambos identificam as principais interseções entre PBL e os projetos integradores. A visão deles deixa claro que estamos falando de ferramentas indispensáveis para a educação do século 21. 

projetos integradores dreamshaper

As conexões entre a PBL e projetos integradores

Segundo Allyson Costa, da UniAmérica, os projetos integradores são concebidos a partir de um conjunto de metodologias ativas, como a PBL. O que elas têm em comum é o enfoque na resolução de problemas reais, deixando o aluno no centro do processo de aprendizagem. 

“O projeto integrador reflete em seu conceito e, principalmente, em seu desenvolvimento em sala de aula, elementos da aprendizagem baseada em projetos”, afirma. Esses elementos – responsáveis por promover a autonomia do aluno e estimular o pensamento reflexivo e investigativo – são os seguintes: 

  • Âncora: as demandas oriundas da comunidade;
  • Questão motriz: identificação da situação problema a partir da demanda;
  • Voz e escolha dos alunos: possibilidade de os estudantes escolherem a demanda que desejam atender;
  • Investigação: aplicação de instrumentos variados para coleta de dados;
  • Feedback: mediação docente e orientação de mentores;
  • Revisão: relação entre o que se pretendia e o que se obteve;
  • Produto público: solução apresentada frente à situação problema.

No Centro Universitário Pato de Minas, a Unipam, a PBL é estratégia para alcançar os propósitos dos projetos integradores. “[Os projetos integradores] servem para fomentar a transposição entre teoria e prática, garantindo nossa atuação junto à comunidade em que estamos inseridos”, conta a coordenadora Adriane Sttéfane Silva. 

A instituição mineira possui uma interface com empresas, organizações não governamentais (ONGs) e entidades da sociedade civil. Trata-se de um canal de comunicação por onde chegam as demandas da comunidade. Os problemas são, então, distribuídos entre as disciplinas e os cursos da Unipam, onde os alunos partem em busca de soluções. 

Além dos elementos destacados por Costa, da UniAmérica, Silva, da Unipam, cita outros conceitos e práticas que permeiam tanto a PBL como os projetos integradores. O que inclui proatividade, aprimoramento pessoal, discussão de cases interdisciplinares e o desenvolvimento de soft skills – tão caras ao mercado de trabalho do século 21.

“É por isso que, quando penso em projeto integrador, automaticamente penso na aprendizagem baseada em projetos”, explica Silva. “Essa conexão entre projetos integradores e PBL é um campo muito rico para ser explorado pela educação”, completa.

Sobre a DreamShaper   

Para aproveitar o melhor da PBL, conheça a DreamShaper – uma ferramenta digital especializada em Aprendizagem Baseada em Projetos. Ele fornece a escolas e universidades projetos pré-definidos que incluem desafios, atividades e problemas autênticos em áreas como pesquisa, empreendedorismo, cidadania e carreira – sempre com a possibilidade de personalizar o conteúdo às necessidades do aluno. Além de ajudar o estudante a desenvolver as habilidades mais importantes do século 21, a DreamShaper poupa o tempo do professor, que não precisa planejar os conceitos e aplicações dos projetos. Por incluir as metodologias prontas a utilizar, a DreamShaper permite que o professor se concentre em quem mais importa: o aluno.  

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