O mundo do trabalho está mudando. Esse novo capítulo da história da humanidade é marcado pela quarta revolução industrial.

Também conhecida como indústria 4.0, ela é baseada na tecnologia e, mais especificamente, na automatização de processos. 

Falando assim, parece que em breve os robôs poderão ocupar boa parte dos empregos humanos. E provavelmente isso vai acontecer – pelo menos, para alguns serviços e da forma como os conhecemos hoje.  

Mas a questão não é somente essa. Afinal, a sociedade como um todo está em transformação e novas ocupações também devem surgir. Porém, elas provavelmente demandarão maior qualificação e formações acadêmicas inovadoras. 

“Em vez de reduzir as oportunidades de emprego, as organizações estão investindo na tecnologia digital, transferindo tarefas a robôs e criando empregos”, destaca o relatório Revolução das Competências 4.0, publicado pela ManpowerGroup Brasil. 

Inclusive, o relatório aponta que um número recorde de empregadores brasileiros – 81% – planejava, já em 2019, aumentar ou manter o número de funcionários como resultado da automação. Uma boa notícia para estudantes e instituições de ensino superior (IES). 

Novas habilidades, novas profissões

Para aproveitar as oportunidades e surfar na onda da tecnologia, é preciso estar preparado. Nesse sentido, as IES devem oferecer novos cursos, em sintonia com as demandas do mercado.  

Mas não basta criar novas formações. É preciso reinventar as já existentes. Isso passa por utilizar abordagens inovadoras para entender os empregos emergentes e proporcionar a qualificação necessária, levando em consideração a demanda tanto pelo digital quanto pelas soft skills.

De acordo com relatório do Fórum Econômico Mundial sobre o tema, o “Jobs of Tomorrow: Mapping Opportunity in the New Economy”, publicado em 2021, as novas tecnologias devem aumentar a demanda por posições na economia verde, além de gerar novos papéis em engenharia, computação em nuvem e desenvolvimento de produto. Ainda entram na conta a ciência de dados, processamento de linguagem natural, automação, robótica e cibersegurança.

Mesmo em um mundo cada vez mais tecnológico, a sensibilidade humana ganha destaque. Ou seja, é provável que surjam mais vagas na economia do cuidado, marketing, vendas, produção de conteúdo e na área da cultura. 

Assim, de acordo com o relatório, as profissões com a maior taxa de crescimento de alto volume incluem, por exemplo, as seguintes ocupações: especialistas em inteligência artificial, cientistas de dados, especialistas em customer success e engenheiros full stack.

É hora de se adaptar

No Brasil, onde a taxa de desemprego está acima dos 11%, as preocupações sobre o emprego focam no curto prazo e o futuro tende a ser deixado de lado, como destaca o estudo “O futuro do emprego no Brasil. Estimando o impacto da automação”, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A pesquisa da UFRJ estima a probabilidade de automação para cada uma das mais de 2,5 mil ocupações brasileiras. Os resultados mostram que 60% dos empregos no Brasil devem ser altamente impactados pela automação nas próximas décadas. Entre eles, empregos de nível superior, como professor de ensino fundamental e médio. 

Tudo isso mostra que, cada vez mais, o processo de transformação do mundo do trabalho beneficiará quem conseguir inovar e se adaptar. Isso vale tanto para instituições de ensino quanto para os profissionais.  

Nesse cenário, a curricularização da extensão e a adoção de metodologias ativas de ensino, como a Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP ou PLB, na sigla em inglês), por exemplo, devem ser vistas como aliadas das IES. Ou seja, como oportunidades para conectar a academia ao mercado de trabalho futuro e aos anseios da comunidade, preparando os alunos para os desafios que estão por vir. 

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech que oferece às instituições de ensino, professores e alunos a nível mundial, soluções para implementar Metodologias Ativas de modo simples e eficaz, com foco em Aprendizagem Baseada em Projeto.

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