Modelos de avaliação na educação do século XXI

Conforme a educação do século XXI avança, metodologias de ensino inovadoras, como a Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP ou PBL na sigla em inglês) tomam conta das salas de aula em escolas e universidades.

Simultaneamente, as novas formas de ensinar e aprender promovem uma revolução no modo de avaliar o desempenho dos alunos.  

Nesse cenário, as avaliações tradicionais começam a perder espaço. Afinal, as provas de múltipla escolha, por exemplo, medem, majoritariamente, a capacidade de memorização dos estudantes. Além disso, associadas às escalas de notas, elas impõem uma lógica de ranqueamento, taxando negativamente aqueles com pior desempenho. 

Embora ainda tenham alguma usabilidade como método diagnóstico do estágio no qual os alunos se encontram, esses exames tampouco identificam a capacidade do aluno aplicar o conhecimento, o desenvolvimento das suas habilidades socioemocionais e profissionais. E, por fim, não costumam exigir raciocínio lógico e analítico. 

Como explicou a diretora de inovação da Inovatio Educação, Renata Perrenoud, neste post do blog da DreamShaper, não dá para implementar metodologias ativas e manter apenas as provas tradicionais. “Os professores precisam conhecer modelos de avaliação formativa, contínua e processual, sabendo quais competências serão avaliadas”, afirmou. 

Avaliação voltada à prática

O caráter prático das metodologias ativas de ensino – o “aprender fazendo” que, por exemplo, o PBL proporciona – abre oportunidades para os professores avaliarem os alunos por sua capacidade de aplicar o conhecimento, indo além da “decoreba”. Trata-se, portanto, de um modelo mais atual e efetivo do que as provas escritas ou de múltipla escolha. 

Com isso, a avaliação voltada à prática garante um acompanhamento mais completo e personalizado do processo de ensino e aprendizagem. Para ficar no exemplo do PBL, sempre há um produto ou solução de um problema real para ser apresentado ao fim do projeto. Dessa maneira, os resultados de aprendizagem ganham contornos mais tangíveis. 

Isso porque o professor consegue verificar mais que a capacidade de memorização do conteúdo. Entram nessa conta as habilidades de trabalhar em grupo, a criatividade, o protagonismo, o engajamento em sala de aula, a capacidade de argumentação, o senso crítico, a empatia, entre outras competências fundamentais para o sucesso dos cidadãos do século XXI. 

Nesse modelo, a avaliação também perpassa toda a jornada de aprendizagem do aluno – e não fica restrita às provas em finais de determinados períodos. Como destaca Perrenoud, a continuidade é um aspecto chave da avaliação voltada à prática, o que permite correções de rotas pedagógicas sempre que necessário. 

Feedback e uso de rubricas

Mas quais são as estratégias de avaliação utilizadas pelas metodologias de ensino inovadoras do século XXI? Para se ter uma ideia, na aprendizagem baseada em projeto, é indispensável o professor adotar mecanismos de feedback e o uso de rubricas para avaliar o produto final e o engajamento e a participação dos alunos em todo o processo.

Como explica a organizadora de livros como “Metodologias ativas para uma educação inovadora”, Lilian Bacich, as rubricas se referem ao conteúdo da disciplina e aos comportamentos que se espera que os alunos desenvolvam ao longo do projeto. Esses critérios devem ser definidos previamente pelo professor, assim como seus níveis de desempenho. 

Além disso, devem ser reservados espaços de feedback entre o professor e o aluno durante o percurso pedagógico. Nesse caso, o desafio do docente é criar ambientes seguros e honestos para que o estudante tenha entendimento sobre sua evolução. O feedback entre os próprios alunos e a autoavaliação podem ajudar nesse processo.

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.

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