O Novo Ensino Médio está chegando. A partir de 2022, todas as escolas das redes pública e privada devem iniciar a adaptação ao modelo.
Entre as novidades, está a oferta obrigatória dos itinerários formativos, componentes flexíveis do currículo que ocuparão 40% da carga horária total.
Os itinerários formativos buscam dar mais autonomia aos estudantes. De caráter individualizado e personalizável, eles representarão 1.200 das 3.000 horas do Novo Ensino Médio. Cabe às escolas oferecer ao menos dois para que os alunos escolham quais desejam cursar.
As iniciativas podem contemplar as áreas de linguagem e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias, ciências humanas e sociais aplicadas e formação técnica e profissional. Outra sugestão é usar como norte os quatro eixos estruturantes:
- Investigação científica;
- Processos criativos;
- Mediação e intervenção sociocultural;
- Empreendedorismo.
Portanto, trata-se da carga horária em que o aluno irá desenvolver, por exemplo, os conhecimentos de química ao mesmo tempo em que estimulará sua criatividade e capacidade empreendedora. A ideia é colocar em prática a teoria das disciplinas a partir de experiências conectadas aos interesses dos jovens.
Metodologias ativas e o pensamento crítico
Por ser uma novidade, a implementação dos itinerários causa preocupação nas escolas. Não por acaso, o formato irá variar entre as instituições, abarcando desde um conjunto de disciplinas até projetos e núcleos de estudo.
De qualquer maneira, é fundamental investir em estratégias que preparem os alunos para escolher os itinerários formativos. Disso depende a concretização de um dos principais objetivos do Novo Ensino Médio: dar protagonismo aos estudantes.
Em webinar realizado pela DreamShaper, a assistente de direção e professora da Escola Stagium, Renata Stort, chamou a atenção para o fato. Segundo ela, não adianta criar itinerários formativos de qualidade sem orientar os alunos sobre como aproveitá-los.
“Meu convite é para que as escolas reflitam sobre as experiências que acontecem desde a educação infantil e antecedem o itinerário formativo”, provocou. “Em que momentos os alunos são incentivados a ter pensamento crítico para que as suas escolhas sejam conscientes?”
Ou seja, tudo começa na educação infantil. É importante estimular a curiosidade e a autonomia desde cedo. Assim, os jovens amadurecem a capacidade de tomada de decisão até chegarem ao ensino médio.
As metodologias ativas têm muito a oferecer nesse sentido. A aprendizagem baseada em projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês), por exemplo, estimula a observação e a investigação, desenvolvendo o pensamento crítico – soft skill que abre caminho para escolhas conscientes.
O papel do Projeto de vida
Parte da carga horária dos itinerários formativos é composta por uma atividade obrigatória chamada Projeto de Vida. Em geral, funciona como uma disciplina em que a escola entrega ferramentas para o estudante pensar e tomar decisões sobre seus interesses atuais e futuros.
Estamos falando de mais um elemento central na preparação para a escolha dos itinerários formativos. No Projeto de Vida, o professor traz materiais, conteúdos e possibilidades de experimentação que ajudam o aluno a entender onde ele se encaixa melhor.
Para isso, o docente precisa assumir o papel de guia da jornada dos estudantes. Aliás, independente da disciplina e do nível de ensino, é sua missão provocar reflexões sobre o que os jovens desejam ser no âmbito pessoal e profissional.
Escolhas podem dar certo ou errado. E naturalizar a possibilidade de erro é uma das tarefas do professor. Uma tarefa e tanto, mas indispensável para formar cidadãos seguros das suas decisões e donos do próprio futuro, como pretende o Novo Ensino Médio.
Sobre a DreamShaper
A DreamShaper é uma EdTech que oferece às instituições de ensino, professores e alunos a nível mundial, soluções para implementar Metodologias Ativas de modo simples e eficaz, com foco em Aprendizagem Baseada em Projeto.
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