Websérie DreamShaper episódio 1: Como a aprendizagem baseada em projetos estimula o uso de metodologias ativas

Na terça-feira, 16 de março, a DreamShaper deu início a websérie Ensino por Projeto: Formando Profissionais do Futuro.

Serão cinco episódios no total, transmitidos pelo canal da DreamShaper no YouTube, onde especialistas em educação abordam diferentes vieses da aprendizagem baseada em projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês) e compartilham as próprias experiências.

O episódio de abertura contou com a participação do professor José Motta, co-fundador da Moonshot Educação e João Borges, CEO da DreamShaper. A apresentação e mediação foi de Fernanda Furuno (sucesso do cliente) e Felipe Rodrigues (gerente de operações na DreamShaper). 

O primeiro episódio da websérie abordou o uso das metodologias ativas dentro da PBL. José Motta deu dicas práticas de como fazer uma boa aula baseada em projetos e explicou como utilizá-las no ensino presencial ou ensino remoto. Motta também compartilhou suas experiências com a elaboração de projetos em sala de aula.

Confira, a seguir, os principais destaques do episódio. 

Metodologias ativas

Aprendizagem baseada em projetos é sobre relação com pessoas. Sendo assim, o trabalho em equipe e a colaboração são características dessa atividade – ideal para o desenvolvimento de habilidades como criatividade, liderança, argumentação e a capacidade resolver problemas. “Aprendizagem baseada em projetos é um congregador de possibilidades para trabalhar com distintas metodologias ativas”, explicou o CEO da DreamShaper.

Toda aula baseada em projetos precisa ensinar algo para os alunos. Professor José Motta: 

“O professor tem que pensar: ‘Quando terminar essa aula, o aluno vai ser capaz de…’” 

Motta trouxe ao encontro online quatro passos importantes na aplicação de uma boa aula planejada em projetos.

  • Elementos âncora

Antes mesmo da explicação do projeto, o professor entrega uma “estante do aluno”. Isto é, aquilo que ele gosta e quer ver. Livros, filmes, músicas, podcasts e tudo mais. Essas coisas só precisam estar alinhadas com o desafio que o professor irá propor.

Esse é um dos fundamentos da sala de aula invertida – metodologia ativa onde o conteúdo é antecipado aos alunos, em casa, por meio da tecnologia; em sala, a turma se atém a tirar dúvidas e executar projetos, o que antes significa o dever de casa. 

  • Questão motriz

O professor precisa levar uma grande questão aos alunos. E deixar eles buscarem a solução sozinhos. “O professor pode sugerir passos, mas deve deixar esse ponto de interrogação piscando no cérebro dos alunos”, disse Motta.

Depois, o docente pode utilizar a metodologia ativa pense, une, compartilhe (do inglês think, pair, share). Nela, os alunos pensam possíveis respostas para a questão, se unem com outro colega para trocar informações e depois compartilha os resultados para a turma. 

  • Pesquisa

Os alunos precisarão realizar pesquisas em todos os meios e mídias possíveis. O professor os deixa agir por conta. Dessa forma, o aprendizado é maior. 

  • Brainstorming

Os estudantes não podem ficar soltos, sem se apoiar em nada. “Eu mostro os alunos como chegar na resposta e como chegar no protótipo”, disse Motta. Ele menciona como exemplo o design thinking – abordagem adotada para encontrar soluções para problemas propostos dentro de sala de aula de maneira mais estruturada. Segundo o professor, é o tipo de metodologia que resulta em uma resposta mais ampla. 

Formação de professores

A formação dos docente para o ensino baseado em metodologias ativas também foi tema de debate do primeiro episódio da websérie Ensino por Projeto: Formando Profissionais do Futuro. Tanto Motta quanto Borges concordam que, o que falta para os professores, é apoio da gestão escolar. 

“Professores são extraordinários e topam brigas que para eles fazem sentido”, disse Motta.

No Brasil, a desigualdade entre escolas públicas e privadas é real. Esse abismo gera algumas dificuldades aos professores que desejam aplicar metodologias ativas em suas aulas. Mas o professor não só pode como deve ousar. Segundo Motta, só assim ele fará o aluno ser protagonista da própria aprendizagem. 

“Precisamos parar de falar e começar a fazer”, encerrou o professor José Motta. 

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