Como a Aprendizagem Baseada em Projeto fortalece um currículo humanizado

Mais do que oferecer um diploma, a instituição de ensino superior (IES) tem o importante papel de atender as demandas do mercado de trabalho – e, claro, a empregabilidade dos alunos. 

Mas tão relevante quanto isso é oferecer uma formação profissional ética, comprometida com o desenvolvimento de competências necessárias para viver numa sociedade plural. Em outras palavras, precisamos de instituições que apostem (e acreditem) em um currículo humanizado. 

O ensino universitário esteve em foco durante o 2º Fórum Internacional de Educação Híbrida (FiEH) – evento realizado pela DreamShaper, em outubro, no Rio de Janeiro. “Existe uma necessidade urgente de rever metodologias, conceitos, aplicabilidade e, principalmente, avaliação para o profissional que a gente está formando”, afirmou Luiz Claudio, reitor do Centro Universitário da IESB. 

“Precisamos entender como oferecer cursos, currículos e projetos de formação para as diferentes fases da vida – como desenvolver a mentalidade da educação continuada”, acrescentou a vice-reitora da Ânima Educação, Denise Campos. 

Para chegar lá, existe um caminho interessante – que está entre as práticas de ensino mais eficientes do século 21. Estamos falando da aprendizagem baseada em projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês).

Currículo humanizado e PBL

Um currículo humanizado é caracterizado por uma aprendizagem que vai além das habilidades técnicas do curso. Ele é construído com base no lado humano e na subjetividade dos alunos.

A ideia é que essa trilha forme profissionais preparados para aproveitar as oportunidades do futuro e enfrentar desafios, desenvolvendo competências indispensáveis para o mercado de trabalho.

É aqui que entra a PBL. Metodologia ativa com foco na investigação prática, a aprendizagem baseada em projetos estimula os alunos a resolverem desafios reais ou simulados. Isso deve tornar o ensino mais atrativo, sem a imposição do conteúdo de modo passivo.

Como resultado, a IES acaba criando um currículo mais humanizado. Afinal, permite ao aluno experimentar novos pontos de vistas na resolução de um problema, por meio de uma perspectiva prática e humana.

De quebra, colabora na formação de pensadores autônomos e no desenvolvimento de habilidades socioemocionais indispensáveis para o futuro – como resiliência, criatividade, resolução de problemas e trabalho em equipe. 

Além disso, as IES que adotam a PBL pavimentam o caminho para o lifelong learning – conceito que pode ser traduzido como aprendizagem ao longo da vida ou educação continuada.

Na prática, os indivíduos do futuro precisarão se manter em constante evolução. 

Currículo humanizado e tecnologias

A essa altura, todo mundo sabe que a tecnologia é uma aliada da educação, não vilã. Há várias evidências de como ferramentas tecnológicas podem ser usadas para facilitar a conexão entre professores e alunos, além de promover um feedback mais rápido e compartilhar experiências entre pessoas de qualquer lugar do mundo.

De acordo com Diana Abreu, superintendente de inovação e tecnologias educacionais na Fundação Getulio Vargas (FGV), o período pós-pandemia registrou um avanço significativo no uso de tecnologia. Isso não apenas democratizou o acesso, como também as modalidades e metodologias de ensino.

“As instituições de ensino precisam inserir a tecnologia não para o estudante usar o ChatGPT, mas para começar a tangibilizar valor na formação dele”, pontuou Diana. 

“Instituições preocupadas com a aprendizagem, propósito de vida e tecnologia terão um grande diferencial e atrairão estudantes”, afirmou Karen Sasaki, gerente acadêmica de educação a distância da UNIT. 

Todo e qualquer aluno se beneficia de um currículo humanizado. Afinal, cada pessoa trilhou um caminho diferente para chegar à faculdade. Tiveram ensinos diferentes que merecem aprendizados diferentes.

A tecnologia pode ser usada para mapear exatamente onde estão as lacunas de aprendizagem, direcionar um material com curadoria do professor e ajudar na execução dos projetos.

Além disso, a inteligência artificial (IA) oferece oportunidades adicionais para a personalização da aprendizagem. 

Isso tudo, atrelado à aprendizagem baseada em projetos, pode gerar ainda mais valor ao ensino destro da sala de aula. Chegou a hora do currículo humanizado. 

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente. Agende uma conversa!

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