Como aplicar experiências ativas no ensino superior?

Manter os alunos engajados e participativos pode ser uma missão difícil no ensino superior.

A falta de interesse nas aulas, somada a fatores como baixa empregabilidade e questões financeiras, pode resultar na evasão de estudantes. Em 2021, a taxa de abandono em universidades particulares chegou a 36,6%, segundo dados do Semesp, órgão que representa as mantenedoras do setor no Brasil.

Esse é um dos motivos pelos quais as instituições de ensino superior (IES) têm apostado em experiências ativas como forma de motivar os discentes. Além de tornar a aprendizagem mais satisfatória ao longo da jornada acadêmica, o uso dessas metodologias permite uma formação mais completa, trabalhando teoria, prática e até mesmo competências socioemocionais por meio de projetos e atividades que trazem o mercado de trabalho e as demandas reais das comunidades para dentro das salas de aula. 

Conheça algumas formas de proporcionar experiências ativas nas IES: 

Sala de aula ativa

A ideia de ter o aluno como protagonista do próprio aprendizado é essencial, ainda mais no ensino superior. Afinal, é nessa etapa que o estudante costuma ter maior autonomia para trilhar o seu caminho. Mas nem sempre isso acontece, uma vez que aulas meramente expositivas, no modelo tradicional de educação, ainda são predominantes nas universidades.

Hoje essa realidade está mudando, e as metodologias de ensino têm um papel importante nessa transformação. Um exemplo é o conceito de sala de aula invertida, desenvolvido por Eric Mazur e Gregor Novak, professores da Universidade Harvard. 

O método é caracterizado pelo estudo dos conteúdos antes do encontro presencial, o que permite que o tempo em sala de aula seja gasto com exercícios. Sua utilização no ensino superior vem crescendo graças às plataformas digitais e à popularização da educação a distância (EaD).

No entanto, existem outras formas de promover experiências ativas de aprendizagem nas IES, como:

  • Gamificação: uso de conceitos de jogos em atividades como forma de engajar os alunos;
  • Storytelling: criação de narrativas nas aulas como forma facilitar a memorização de conteúdos;
  • Rotação por estações de aprendizagem: divisão da turma em grupos com diferentes partes do conteúdo;
  • Aprendizagem Baseada em Projeto: metodologia que promove a criação de projetos por parte dos alunos;
  • Aprendizagem Baseada em Problemas: construção do aprendizado a partir da resolução de problemas reais.

Experiências ativas em projetos transversais e TCCs

A aprendizagem por projeto é considerada uma das abordagens de ensino mais completas. Isso porque consegue mesclar elementos teóricos e práticos, além de trabalhar outros aspectos, como a tomada de decisões e o trabalho em grupo. Essa combinação permite aos alunos terem vivências semelhantes às que enfrentarão na vida profissional.

A estratégia vem sendo incorporada por currículos de diferentes cursos de graduação e de diferentes formas. É o caso dos projetos integradores, que ganharam força durante a pandemia como forma de engajar os alunos e de aglutinar os componentes curriculares. 

Nesse formato de trabalho acadêmico, os estudantes têm a oportunidade de criar um protótipo ou algo concreto que seja aplicado para resolver situações reais que ocorrem na comunidade em que estão inseridos. A DreamShaper, por exemplo, viabiliza e incentiva a oferta de projetos integradores e interdisciplinares em diferentes formatos de ensino por meio de ferramentas digitais e auxílio metodológico.

Vale ressaltar que em algumas graduações, desenvolver diferentes tipos de projetos é um dos formatos possíveis de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Os projetos experimentais, por exemplo, procuram simular uma situação do mercado de trabalho para que os alunos apresentem uma proposta prática.

Outro formato de TCC que permite uma experiência ativa é o estudo de caso. Assim como o projeto experimental, seu ponto de partida é uma situação real. Entretanto, aqui o estudante deve analisar o problema de forma profunda e propor uma reflexão com possíveis soluções.

A formação de profissionais protagonistas do seu próprio desenvolvimento é algo valioso nos dias atuais. Habilidades como tomada de decisões, competências socioemocionais e proatividade são diferenciais no mercado de trabalho. Investindo em experiências ativas, as universidades conseguem melhorar o desempenho acadêmico dos alunos e formar cidadãos mais capacitados para lidar com os desafios do mundo.

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.

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