Evasão universitária: como as IES podem trabalhar a retenção dos alunos

Mais um ano letivo começa e, em meio à expectativa de retorno às aulas, um desafio sempre se impõe na rotina das instituições de ensino superior (IES): como manter os alunos engajados e evitar que eles abandonem os estudos? 

Nos últimos anos, as taxas de evasão universitária têm se mantido em níveis elevados. De acordo com a mais recente edição do Mapa do Ensino Superior no Brasil, divulgada pelo Instituto Semesp no ano passado, mais de metade (55,5%) dos alunos que ingressaram em uma graduação a partir de 2017 desistiram, enquanto 18,1% continuam estudando e apenas 26,3% conseguiram concluir o curso.

O principal motivo de abandono é a questão econômica, já que 80% das vagas do ensino superior são oferecidas pela rede privada.

Mas existem outros fatores, como a falta de identificação com o curso ou até mesmo com a IES. Em algumas áreas, a percepção de que não há necessidade de formação acadêmica também acaba afastando os jovens da universidade.

No post de hoje, traremos algumas dicas para combater a evasão no ensino superior. Confira!

Não ignore a principal dificuldade: a questão financeira

Considerando que o principal motivo de evasão é a falta de recursos para pagar as mensalidades, é imprescindível que as IES sejam tenham certa flexibilidade.

Oferecer bolsas parciais ou integrais para estudantes com menos condições é um recurso que não pode ser descartado, assim como criar programas de estágio remunerado. 

Também é importante implementar sistemas de monitoramento para identificar alunos com dificuldades financeiras, para oferecer suporte, orientação e aconselhamento a eles.

Outra solução é estabelecer parcerias com empresas regionais para possibilitar que esses estudantes consigam um emprego ainda durante o curso.

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Estimule o desenvolvimento de competências

O ensino superior deve ser um ambiente para aprimorar as chamadas hard skills, que são as competências técnicas inerentes a cada profissão.

Mas as soft skills, também conhecidas como habilidades socioemocionais como capacidade de comunicação, adaptabilidade, empatia e resiliência, entre outras são cada vez mais importantes. 

O relatório Future of Jobs 2023, compilado pelo Fórum Econômico Mundial, aponta que, das dez habilidades buscadas por gestores, oito são consideradas comportamentais, sendo seis delas socioemocionais. O não desenvolvimento dessas competências pode potencializar dificuldades pessoais dos estudantes, que ficam mais propensos a evadir.

Aprimorando essas habilidades desde o início do curso, eles sentirão uma maior conexão com as carreiras que desejam seguir e se sentirão estimulados a continuar seus estudos.

Reduza as diferenças

É fato que nem todos os estudantes chegam ao ensino superior com o mesmo nível de conhecimento, seja por questões individuais, sociais ou pelo fato de serem oriundos de sistemas educacionais distintos.

Por causa disso, muitos alunos que têm baixo rendimento logo no início da graduação ficam desanimados e tendem a abandoná-la. 

A oferta de cursos de nivelamento ajuda a reduzir essas diferenças, proporcionando a todos a oportunidade de começar sua formação universitária em pé de igualdade.

Nesse sentido, é importante que as IES disponibilizem planos de tutoria personalizados e cursos preparatórios para áreas consideradas mais difíceis. Uma boa opção é implementar programas em que alunos mais experientes possam orientar os mais novos, compartilhando experiências e estratégias de aprendizado.

Ofereça apoio aos alunos

Se prevenir é melhor do que remediar, uma boa maneira de combater a evasão é implementar estratégias de apoio que estimulem os alunos a permanecerem na instituição.

Para isso, é fundamental conciliar um trabalho de coleta e análise de dados com uma comunicação próxima e personalizada. Ou seja, tratar o aluno não apenas como um número de matrícula, mas como um ser humano, com suas particularidades.

Estabelecer canais de comunicação e atendimento psicológico são ações simples, mas de impacto profundo na relação com os estudantes.

Entender suas preocupações e perspectivas pode fornecer informações valiosas para prestar um atendimento personalizado e fazer com que se sintam mais bem acolhidos pela universidade.

Invista em metodologias ativas

A implementação de metodologias ativas tem proporcionado diversos benefícios aos estudantes do ensino superior. Essas soluções, como a Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP), priorizam a construção aplicada do conhecimento, relacionando conceitos teóricos com situações práticas.

Quando os alunos percebem a relevância do que estão aprendendo, é mais provável que permaneçam motivados e comprometidos com seus estudos. 

Além disso, essas metodologias permitem que os alunos escolham projetos, participem de discussões e explorem tópicos de interesse.

A personalização atende às diferentes necessidades e interesses dos estudantes, tornando-se, assim, mais uma motivação para que eles permaneçam no curso. 

Sobre a DreamShaper  

 A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente. Agende uma conversa! 

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