Transitar do ensino presencial para o remoto: quais são os desafios?

Após o encerramento forçado das instituições de ensino devido à pandemia do coronavírus, professores e alunos estão a transitar do ensino presencial para modelos de educação à distância.

Esta é uma mudança muito rápida e abrupta, para a qual a grande maioria das instituições de ensino não estão preparadas – boa parte delas não dispõe de sistemas robustos de ensino online, e a grande maioria não tem professores e alunos proficientes neste tipo de sistema e de experiência de ensino-aprendizagem.

O modelo mais natural tem sido a migração para um formato de ensino tradicional mas ‘virtualizado’, em que os professores utilizam plataformas virtuais para transmitir o conteúdo, interagir e avaliar a aquisição de conhecimento dos alunos.

Para ajudar as escolas neste desafio, empresas como a Google, Microsoft, Blackboard e Escola Virtual disponibilizaram gratuitamente algumas das suas ferramentas e recursos, que serão excelentes armas para manter o sistema de ensino em funcionamento. Mas serão suficientes? Acreditamos que não.

Virtualizar o modelo tradicional é necessário mas traz vários desafios, desde a dificuldade de adaptação dos professores às plataformas digitais, pois muito poucos ‘dominam’ este tipo de ferramenta, até à desmotivação generalizada dos alunos, que correm o risco de entrar num mindset de férias e de pouco compromisso.

Será difícil prover uma experiência que motive ambos, que mantenha os alunos envolvidos e que garanta o mais importante: a sua aprendizagem e desenvolvimento de competências. Sendo esta uma situação sem prazo definido, torna-se urgente pensar em formas de agregar valor à experiência remota de ensino-aprendizagem.

 

 

É necessário trabalhar com metodologias ativas que vão ao encontro das motivações dos alunos, propondo novas formas de aprender e temas que os conectem com o mundo, a atualidade e a sua vida dentro e fora da instituição de ensino.

Por outro lado, é fundamental garantir a autonomia dos alunos nesse processo. Essa autonomia dar-lhes-á motivação e responsabilidade, e menos necessidade de orientação metodológica e acompanhamento constante por parte do professor, o que liberta tempo para este último se focar no grande desafio de adaptação que está a enfrentar.

Por fim, e especialmente nas instituições de ensino básico, é necessário envolver os pais, para que auxiliem os seus filhos neste processo e (re)conheçam este modelo de aprendizagem à distância que eles próprios nunca experienciaram.

Acreditamos então que, para além dos sistemas de ensino virtual tradicionais, as instituições de ensino necessitam adicionar uma segunda camada de soluções, que sejam capazes de oferecer propostas de trabalho mais diretas ao aluno e com menos carga no professor.

Plataformas intuitivas que guiem os alunos e lhes permitam liderar parte do seu processo de aprendizagem, escolhendo como e o que aprender, mas que ao mesmo tempo permitam aos professores acompanhar e contribuir também de forma simples, intuitiva e descomplicada.

 

O momento é desafiante, encontrar soluções é urgente e a educação não pode parar. Estamos empenhados em fazer parte da solução!

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