Desde janeiro deste ano, as instituições de ensino superior (IES) precisam reservar pelo menos 10% da carga horária de seus cursos de graduação para atividades extensionistas – a chamada curricularização da extensão.
No entanto, colocar em prática a união entre ensino, pesquisa e extensão pode representar um desafio para muitas as universidades.
Para cumprir todas as exigências do Conselho Nacional de Educação (CNE), as IES passaram os últimos anos buscando uma forma de remodelar seu Projeto Pedagógico Institucional e os Projetos Pedagógicos dos Cursos.
Algumas se adiantaram e conseguiram concluir a curricularização antes do início do ano. Outras têm encontrado dificuldades para conseguir realizar esse processo, principalmente na educação a distância (EaD).
Os primeiros passos
Uma das principais regras da curricularização da extensão é que ela precisa representar 10% da graduação, mas sem aumentar a carga horária. Por isso, o primeiro passo é fazer uma reorganização curricular de todos os cursos EaD.
O segundo é a integração presencial. Mesmo ofertando graduações no formato EaD, as IES precisam estar atentas à importância de as atividades estarem articuladas com seus polos. Isso porque os estudantes devem comparecer presencialmente para o desenvolvimento desses projetos.
Evidentemente, nem todas as atividades precisam ser desenvolvidas no polo da instituição. É possível oferecer um suporte digital a esses projetos, com conteúdo de apoio e ferramentas de gerenciamento para o corpo docente.
Essas ferramentas devem ser integradas à plataforma EaD da IES, que deve comprovar inclusão à comissão avaliadora do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Como fazer?
Existem boas práticas que podem ser usadas na execução do projeto de extensão. Uma delas é a construção de um calendário de encontros presenciais que respeitem a carga horária mínima necessária exigida pela Resolução CNE 7/2018.
A distribuição desses encontros ao longo de todo o curso pode ser uma alternativa para reduzir a necessidade de deslocamentos por parte dos estudantes. Após definir e organizar as demandas presenciais e virtuais de cada curso, é hora de encontrar empresas, ONGs e outras instituições parceiras. Só então o desafio é colocado em operação.
Durante a execução dos projetos, é importante que os alunos desenvolvam atividades que relacionam o aprendizado teórico com a prática profissional e aprendem habilidades para além das estabelecidas no âmbito técnico.
Por isso a parceria com instituições do mercado de trabalho é tão importante. A conexão estimula a formação integral do aluno como cidadão crítico e responsável e promove a transformação da realidade social que cerca as instituições.
Dessa forma, a curricularização da extensão oportuniza um contato maior com a comunidade, colegas e professores. Ela também traz para dentro da grade dos cursos atividades práticas envolvendo a comunidade no entorno das IES.
ABP na curricularização da extensão
Uma ótima forma de realizar a curricularização da extensão é com o uso de metodologias de ensino capazes de unir teoria e prática. É o caso da como a Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP ou PBL, na sigla em inglês).
Em Ipatinga (MG), a Faculdade Única é uma das instituições que utilizam os serviços da DreamShaper para adotar a ABP nos seus projetos de extensão EaD. Parte das ações de extensão são realizadas virtualmente, mas sem deixar de lado a realidade da região do polo de apoio presencial no qual o aluno está matriculado.
Outro investimento da Faculdade Única foi na captação dos professores. A estratégia reflete no planejamento de estratégias que assegurem a frequência das atividades extensionistas e o estímulo de uma aprendizagem concreta entre os estudantes de EaD.
Sobre a DreamShaper
A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente. Agende uma conversa!