Competências essenciais para o professor do futuro

Muito se fala das habilidades que o mercado de trabalho exigirá dos profissionais daqui a alguns anos.

Mas já parou para pensar que, para os alunos obterem esses conhecimentos, alguém vai ter que os ensinar ou, no mínimo, estimular a sua aprendizagem?

É impossível falar dos profissionais do futuro sem antes falar dos professores do futuro. Os docentes, com o apoio das instituições de ensino, precisam de estar atentos às tendências do mercado e às novas possibilidades de formação. 

Cada vez mais, as metodologias ativas – abertas ao diálogo e ao protagonismo dos estudantes – ganham força. E, na maioria dos casos, elas devem ser permeadas por diversas tecnologias educacionais que fazem a diferença na sala de aula. 

Assim, uma formação pedagógica moderna e em constante atualização é fundamental para o futuro de professores e estudantes.  

Tendências para a formação de professores

A educação, a sala de aula e seus desafios estão em transformação. Não temos como prever o futuro, mas muitas pesquisas da área apontam para rumos similares. 

Um relatório da Google for Education identificou uma série de tendências quando o assunto é a formação de professores. O estudo teve como base 14 entrevistas com líderes globais em educação, uma revisão da literatura académica, pesquisas de dados secundários, análise da narrativa dos media e políticas públicas do setor educacional. 

Abaixo, destacamos três destas tendências que apontam para habilidades essenciais dos professores do futuro:

1) Uso de tecnologias

As tecnologias emergentes – como inteligência artificial, realidade virtual e realidade aumentada – estão a tornar-se cada vez mais presentes no quotidiano das pessoas. E as escolas e universidades procuram maneiras de incorporar essas tecnologias na aprendizagem em sala de aula. 

Mas, para que de facto isso funcione, os professores precisam ter o domínio desses recursos. Assim, fica evidente a necessidade de que os docentes tenham conhecimento sobre as tecnologias, os seus usos e potencialidades.  

Um levantamento feito pela Fundação Lemann, no Brasil, em 2021, corrobora esse apontamento. Segundo a publicação, o ensino de pensamento computacional e robótica, por exemplo, permite que a aprendizagem seja mais atrativa. 

“O futuro é agora. O professor precisa de desenvolver as competências e habilidades digitais porque os nossos estudantes são nativos digitais”, salienta a professora Debora Garofalo, idealizadora do trabalho de “Robótica com Sucata”, ao site da Fundação Lemann.  

Não se trata, entretanto, somente de usar a tecnologia. É necessário modernizar as práticas pedagógicas de ponta a ponta para de facto incluir as inovações com vantagens reais para o ensino.  

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2) Responsabilidade digital

Segundo dados de 2018, 99% dos professores do Reino Unido dizem que a segurança online deve fazer parte do currículo escolar.

Para Anneli Rautiainen, chefe da Unidade de Inovação da Agência Nacional Finlandesa para a Educação, não se trata da tecnologia em si, mas sim da pedagogia. 

“Como utilizar a tecnologia na aprendizagem? Hoje em dia, temos que estar conscientes das questões de segurança da tecnologia, da ética da tecnologia. Creio que agora isso seja uma parte natural de tudo o que aprendemos”, referiu no relatório da Google.

Ou seja, os docentes devem dominar as ferramentas digitais e saber educar para o seu uso de forma saudável. Para se ter uma ideia, mais de 50% dos professores em Espanha afirmam que gostariam de receber mais formação em segurança e competências digitais, de acordo com o “Informe de Resultados España” de 2018.

3) Soft skills

Nas escolas e universidades, lições sobre habilidades como empatia, confiança, articulação e trabalho em equipa são cada vez mais frequentes. 

O relatório da Google mostra que, no Reino Unido, 53% dos professores acreditam que essas habilidades são mais importantes do que as qualificações académicas para o sucesso dos estudantes. Além disso, 72% acreditam que sua instituição de ensino deve aprimorar o ensino dessas habilidades.

Nada disso acontece sem que os docentes passem antes por formações para este tipo de prática. O levantamento realizado pela Fundação Lemann também identificou o desenvolvimento de habilidades socioemocionais como umas principais competências para professores.

Ao mesmo tempo, entra a necessidade de fomentar o protagonismo e o papel ativo dos estudantes em sala de aula.  Para isso, os professores vão precisar de uma formação mais humanizada do que nunca, baseada em escuta ativa e empatia. A partir disso é possível construir vínculos e uma aprendizagem mais duradoura, com um olhar no futuro. 

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.

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