Como e porquê estimular a autonomia dos alunos

A pedagoga e educadora italiana Maria Montessori definiu a importância de desenvolver a autonomia dos alunos numa frase:

“Para ser eficaz, uma atividade pedagógica deve consistir em ajudar a criança a avançar no caminho da independência”.

Embora Montessori tenha vivido entre o final do século XIX e o início do século XX, a sua abordagem pedagógica está alinhada com as necessidades da educação do século XXI. Visionária, ela rejeitava as escolas conteudistas que colocam os professores como únicos detentores do conhecimento. Em vez disso, propunha o “aprender fazendo”, com os professores no papel de guias. 

Ainda hoje estimular a autonomia dos alunos é um desafio para escolas e universidades. Para despertar essa característica nos alunos., olhar para as lições de Montessori e de outros teóricos das metodologias ativas é um bom começo, sempre levando em conta o contexto e os recursos atuais. 

Como estimular a autonomia

Autonomia não é algo que se conquista de um momento para o outro. Pais, professores e gestores precisam ter em mente que técnicas e ferramentas auxiliam as crianças nesse processo. É o caso das metodologias ativas de aprendizagem, que colocam o estudante no centro do processo de aprendizagem. 

Na Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês), por exemplo, com o professor como tutor, os alunos trabalham com problemas reais ou simulados. A partir da pesquisa eles entendem todos os lados do problema para, então, procurar soluções. 

A inquietação, a liberdade e a educação “mão na massa” propostas por metodologias como a ABP abrem as portas para o desenvolvimento da autonomia. Afinal, é o aluno quem constrói o conhecimento, deixando de lado o papel passivo e a abordagem conteudista tradicional para se tornar um protagonista da educação.

Atualmente os recursos digitais podem ser aliados importantes. Em tempos de ensino híbrido, a internet, as tecnologias imersivas, a sala de aula digital, entre outras ferramentas, favorecem a participação e podem ser facilmente integradas com as metodologias ativas. 

Porquê estimular a autonomia?

Outra fase marcante de Montessori dizia que “se você libertar o potencial da criança, você transformará o mundo”. À partida, este é um ótimo motivo para estimular a autonomia dos alunos, especialmente  num momento em que o mundo clama por mudanças sociais e ambientais.

A sociedade e o mercado de trabalho perceberam que um futuro melhor para todos depende de uma educação para a autonomia. Dela, nascem outras competências socioemocionais, como a criatividade e o pensamento crítico. Dito isto, quais são as principais vantagens de estimular a autonomia?

  • Autoestima e autoconfiança: muitos problemas da vida adulta são fruto da falta de autoestima e autoconfiança. Com autonomia para resolver tarefas, por mais simples que sejam, a criança vê-se como alguém capaz. Conforme cresce, ela compreende que pode ter confiança nas suas habilidades. 
  • Interação e comunicação: aprender a expressar as suas ideias e sentimentos sem receio das impressões alheias é um desafio que depende da autonomia. Ao se relacionar com os colegas durante os projetos, a criança desenvolve a sociabilidade e torna-se num adulto mais articulado. 
  • Tomada de decisões: na vida profissional ou pessoal, a tomada de decisões para a resolução de problemas é uma competência fundamental. Isso depende, por exemplo, da construção de um pensamento analítico, o que passa, necessariamente, por uma educação para a autonomia. 
  • Resiliência: mesmo adquirindo todas as habilidades acima, as frustrações são inevitáveis. O que muda é a forma como se lida com elas. Ao trabalhar a sua autonomia, a criança aprende a reagir perante as adversidades, compreendendo, inclusive, que errar é parte do processo. 

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