A palavra “inovação” tem sido utilizada constantemente em diversas áreas do conhecimento.

E, no mercado de trabalho, tornou-se uma referência para as empresas, que procuram cada vez mais profissionais que sejam capazes de “pensar fora da caixa”. 

Essa necessidade exige uma resposta por parte das instituições de ensino, que precisam de formar profissionais preparados para uma realidade em constante transformação.

A solução para esta questão pode estar numa metodologia de ensino que procure desenvolver a capacidade dos estudantes de gerar ideias e soluções: a educação criativa. Este método pedagógico está a ganhar cada vez mais espaço nas instituições de ensino básico e superior e deve ser uma tendência para o futuro da área.

Entender a educação criativa

Antes de compreender a importância desta metodologia na formação dos estudantes, precisamos de falar sobre a sua origem. 

O conceito de educação criativa surgiu a partir de estudos e pesquisas concretizadas pelo professor americano Mitchel Resnick no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele baseou-se nas ideias de grandes nomes da educação, como Jean Piaget, Friederich Froebel e Seymour Papert.

A partir daí, Resnick formulou a sua proposta de metodologia, que visava à criação de experiências criativas de aprendizagem em diferentes níveis de ensino.

Ao contrário do ensino tradicional, a educação criativa procura trabalhar e potencializar aspectos que vão além de simples conteúdos, abordando outros aspectos relevantes para o ser humano, como as competências socioemocionais. 

O modelo parte da criação de situações onde os alunos irão desenvolver a capacidade de inovar e inventar com grande autonomia.

Resnick dividiu a aprendizagem criativa em quatro grandes pilares:

• Projetos – desenvolvimento de projetos em que os alunos têm autonomia para trabalhar e desenvolver suas ideias. Estes projetos podem ser utilizados para contextualizar conteúdos que permitem o desenvolvimento de diferentes capacidades;
• Paixão – na educação criativa, os alunos devem estar totalmente enquadrados e criar envolvimento com o objeto estudado. Este pilar procura motivar e envolver os alunos no processo educacional;
• Pares – deve haver um estímulo para motivar a troca de aprendizagem entre os alunos e os próprios orientadores;
• Pensar a brincar – brincar também é uma forma de aprender. Por isso, a educação criativa deve proporcionar experiências lúdicas e uma sala de aula descontraída.

  

Formar os profissionais do futuro

Para exemplificar a importância da educação criativa, podemos mencionar e realçar o tema do momento: a inteligência artificial. O uso da IA nas diferentes áreas do conhecimento e o impacto que terá no mercado de trabalho tira o sono a muitas pessoas. 

Este cenário de constantes transformações faz com que os profissionais que saibam lidar com mudanças tenham vantagens competitivas significativas.

Uma pessoa com criatividade é capaz de trabalhar com as adversidades e inovar quando é necessário. No caso da inteligência artificial, um profissional criativo irá explorar os aspectos positivos da inovação e integrá-los na sua rotina de trabalho.

Mas não é só para o mercado de trabalho que a educação criativa proporcionará vantagens. Um indivíduo criativo tende a ter um papel transformador perante a sociedade, construindo um olhar sensível associado aos problemas e desafios sociais.

Outro ponto trabalhado na aprendizagem criativa é o pensamento crítico. Por estimular a tomada de decisões e um papel de protagonismo por parte do aluno, a metodologia forma pessoas capazes de pensar de maneira autónoma.

Desenvolver a criatividade em diferentes níveis é uma competência cada vez mais relevante no mundo contemporâneo. Neste sentido, é fundamental que as instituições de ensino saibam como preparar os estudantes para os desafios que estão por vir, tanto na esfera pessoal quanto profissional.

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Ativa e Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.