O que é o “learning by doing”?

Em constante evolução, o processo ensino-aprendizagem há muito que se deixou de se resumir a conteúdos expositivos, viabilizando um maior protagonismo por parte dos alunos.

Nesse sentido, surgem novas metodologias e técnicas para estimular os aspectos socioemocionais e cognitivos dos estudantes, além de abordar os conteúdos em si. Um exemplo disso é o learning by doing (em português, aprender fazendo). 

A técnica surgiu na primeira metade do século XX, com o filósofo e educador norte-americano John Dewey. No ensino superior, o learning by doing ganhou mais espaço com o uso das metodologias ativas, como a Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP ou PBL, na sigla em inglês).

O que é learning by doing?

Resumindo, o learning by doing é a técnica de “colocar a mão na massa”. Ou seja, o estudante só aprenderá se puser em prática o conteúdo proposto. Um exemplo é o processo de aprender a tocar um instrumento musical. 

Há teorias, partituras e a reprodução das notas musicais. Contudo, a compreensão de como saber tocar só se cimenta por completo quando começam as aulas práticas. Isso é learning by doing.

A metodologia possibilita o envolvimento ativo e proporciona uma aprendizagem mais profunda, mostrando ao aluno que não há problemas em cometer erros – eles fazem parte do processo, mas é preciso aprender com eles para não se repetirem. 

Learning by doing e competências socioemocionais

O relatório The Future of Jobs, divulgado pelo Fórum Econômico Mundial em 2020, refere dez competências que estarão em destaque até 2025. Entre elas, estão a aprendizagem ativa, a criatividade, a capacidade para resolução de problemas complexos e o pensamento crítico.

O desafio das instituições de ensino superior é saber como inovar nas suas estratégias metodológicas de ensino-aprendizagem para formar profissionais com essas características. O learning by doing pode ser uma boa alternativa. 

Semelhança entre metodologias

O PBL tem relação direta com o learning by doing. Isto porque os dois métodos oferecem aos alunos a oportunidade de identificarem problemas reais e de agirem de maneira ativa e colaborativa, com o intuito de encontrarem uma solução.

Além disso, ambos se focam na investigação prática. Em vez do ato mecânico de anotar a aula expositiva do professor, os alunos são estimulados a se envolverem em desafios concretos. A ideia também é tornar o ensino mais atrativo.

Aplicar o PBL em sala de aula é basicamente promover o learning by doing. Trabalhar estes requisitos não só ajuda a formar alunos mais dedicados e independentes, como também qualifica profissionais mais capazes de detectar problemas e desenvolver novas soluções.

  • Benefícios

Os benefícios do learning by doing podem ser observados a curto e longo prazo. Alguns deles são:

  • Aprendizagem consistente: o learning by doing é envolvente e memorável. Quando o aluno é exposto a uma situação em que pratica o que precisa aprender, é mais fácil se lembrar do conteúdo. Isto porque será desenvolvida uma experiência de aprendizagem prática. É distinto dos métodos tradicionais de aprendizagem, como os livros ou artigos científicos, que os estudantes tendem a esquecer mais facilmente.
  • Engajamento: a aprendizagem  torna-se mais interessante e acessível com o learning by doing. Atividades práticas que tenham relevância para o estudante estabelecem um propósito na aquisição do conhecimento.  Nesse sentido, todas as três dimensões de engajamento dos alunos – comportamental, cognitiva e emocional – serão estimuladas por meio de trabalhos práticos e dinâmicos.
  • Interdisciplinaridade: transitar em múltiplas áreas do conhecimento é uma vantagem do learning by doing. Procurar a resolução de problemas conectando e integrando pessoas de áreas diferentes resulta numa experiência mais realista e completa.
    Aprender fazendo é experienciar o fracasso e transformá-lo em sucesso por meio da atuação integrada de todas as competências dos elementos do grupo. Ao mesmo tempo, a construção da autonomia e da independência de cada indivíduo compõem esse processo.

Sobre a DreamShaper

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