O avanço da Aprendizagem Baseada em Projeto pelo mundo

O professor inglês Reg Revans inventou o termo “aprendizagem ativa” há quase um século, na década de 1930.

As metodologias ativas não são, portanto, uma novidade na educação. Mas foi com a chegada do século XXI que a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês), por exemplo, começou a ganhar escala em escolas e instituições de ensino superior em todo o mundo.

A expansão da PBL por diversos países está ligada, principalmente, à procura global do mercado de trabalho por profissionais resilientes, criativos, autónomos, críticos e inovadores. Afinal, embora a transformação digital coloque muitas funções técnicas a cargo das máquinas, as competências socioemocionais humanas são insubstituíveis. E nenhuma abordagem é mais eficiente do que as metodologias ativas para desenvolver as soft skills dos alunos.

Ao mesmo tempo, os documentos e diretrizes responsáveis por determinar as aprendizagens que são essenciais na formação dos jovens, estão cada vez mais alinhados a essa realidade. É o caso da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do Novo Ensino Médio, no Brasil, e do Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, em Portugal. 

A própria trajetória da DreamShaper mostra como a PBL se tornou numa tendência mundial. Com raízes no Brasil e em Portugal, a empresa não demorou muito tempo a levar as suas soluções de PBL até 1,2 mil instituições de ensino em três continentes. Hoje, mais de mil professores e 310 mil estudantes têm acesso às soluções da DreamShaper em países como Espanha, França, Reino Unido, Emirados Árabes, Índia, México, Colômbia e Hungria. 

pbl educação mundo

Portugal: Colégio Vasco da Gama e a formação global do aluno

Em Portugal, o Colégio Vasco da Gama foi uma das instituições a adotar a plataforma da DreamShaper. O professor Vítor Bastos utiliza a PBL nas aulas de geografia do 9º ano. 

Em 2020, o tema escolhido para os projetos foi “Pensar local, agir racional”. O objetivo era fazer com que os alunos observassem o espaço da comunidade onde vivem, encontrassem aspetos que pudessem ser melhorados e apresentassem soluções para os problemas. Para isso, os jovens precisavam de considerar três elementos do desenvolvimento sustentável: economia, ambiente e sociedade.

Trabalhar com a PBL permitiu ao professor cumprir os parâmetros curriculares da disciplina de Geografia e, ao mesmo tempo, desenvolver competências socioemocionais nos seus alunos. “Os estudos de caso enquadraram-se perfeitamente na ideia de formar o aluno como um cidadão de forma global, desenvolvendo competências que não ficam restritas à Geografia”, contou Vítor Bastos num webinar realizado pela DreamShaper

Entre as competências estimuladas durante os projetos, o professor Vítor cita a comunicação, a adaptabilidade, o pensamento crítico e criativo, o relacionamento interpessoal, a sensibilidade estética e artística, o saber científico e tecnológico e o domínio da pesquisa. 

Um dos alunos, por exemplo, refletiu sobre a falta de áreas verdes e de lazer na sua comunidade. Durante a construção do projeto, estudou e descreveu as características do local onde vive, identificou causas e consequências do problema, pesquisou iniciativas que resolveram problemas semelhantes e verificou se as fontes de informação utilizadas no trabalho eram credíveis.

Por fim, o estudante ouviu e analisou a opinião da comunidade sobre o assunto e, claro, propôs uma solução para o problema. Em contacto com instituições públicas locais, ele sugeriu uma área nas redondezas para a construção de um espaço verde destinado ao lazer. A estimativa é que o projeto possa beneficiar 3 mil pessoas.

 

Espanha: Centro de Formación Padre Piquer e o trabalho em equipa

Espanha é outra fonte de inspiração para quem deseja aplicar a PBL. O Centro de Formación Padre Piquer, localizado num bairro em Madrid com alta vulnerabilidade social e económica, apostou nesta metodologia ativa para colocar o aluno no centro do processo de aprendizagem.

Entre os estudantes da instituição, 52% são imigrantes de 38 nacionalidades diferentes. A coordenadora de formação da escola, Mónica Díaz-Masa Gutiérrez, diz que o trabalho em equipa é um dos focos do trabalho com projetos. “Trabalhando em equipa fomentamos a cooperação e a empatia”, contou num webinar.  

Os espaços do Centro Padre Piquer foram transformados para a realização de aulas cooperativas e multidisciplinares. A avaliação passou a ser formativa por meio de feedbacks. Além disso, o novo currículo deixou de abordar as disciplinas separadamente para reuni-las em áreas. A intenção era deixar claro que o conhecimento não pode ser visto de maneira segmentada.  

Em alguns casos, inclusive, as aulas contam com até quatro professores ao mesmo tempo. Eles partilham as suas virtudes e modos de trabalhar. A constante troca de informações promove a criatividade e uma espécie de formação continuada entre os docentes, segundo Gutiérrez.

“Trabalhar com a aprendizagem baseada em projetos é uma forma de os alunos experimentarem o facto de que todo conhecimento tem um fim. É muito mais significativo, inclusivo, conectado com a vida e, sobretudo, partilhado”, completa. 

 

Sobre a DreamShaper

Para aproveitar o melhor da PBL, conheça a DreamShaper. A DreamShaper é uma ferramenta digital especializada em Aprendizagem Baseada em Projetos. Fornece a escolas e universidades projetos pré-definidos que incluem desafios, atividades e problemas autênticos em áreas como pesquisa, empreendedorismo, cidadania e carreira – sempre com a possibilidade de personalizar o conteúdo às necessidades do aluno. Além de ajudar o estudante a desenvolver as competências mais importantes do século XXI, a DreamShaper poupa o tempo do professor, que não precisa planear os conceitos e aplicações dos projetos. Por incluir as metodologias prontas a utilizar, a DreamShaper permite que o professor se concentre em quem mais importa: o aluno.  

 

Clique para saber mais sobre a DreamShaper.   

Para agendar uma demonstração da plataforma, entre em contato pelo formulário.  

  

Facebook
Twitter
LinkedIn
COMENTARIOS