Como o Chat GPT está a transformar as soft skills na educação?

A inteligência artificial (IA) é um dos principais assuntos do início deste ano.

O Chat GPT, o tópico do momento, está a gerar discussões construtivas em diferentes áreas do conhecimento, incluindo na educação. E o debate não se restringe apenas ao uso da ferramenta em sala de aula, mas também como se pode preparar os jovens de forma integral para um mundo revolucionado pela IA.

Um elemento importante desta discussão é o desenvolvimento de soft skills por parte dos estudantes. Diante dos avanços da inteligência artificial, as competências socioemocionais tendem a ganhar cada vez mais importância no mercado de trabalho. Uma pesquisa realizada pela IBM constatou o facto de que mais de 120 milhões de profissionais precisarão de se adaptar e de se capacitar para exercerem as suas funções em ambientes digitais, incluindo um“recall” necessário de capacidades comportamentais.

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“A tecnologia vai substituir o trabalho humano”

Uma das primeiras coisas que pensamos ao falar em inovações tecnológicas é o impacto negativo que elas poderiam acarretar no mercado de trabalho. Isso porque várias funções exercidas por pessoas em diferentes áreas podem ser substituídas por tecnologias de IA, como o ChatGPT. Consequentemente, a desvalorização do trabalho humano seria inevitável.

Entretanto, alguns especialistas apontam que o caminho pode não ser tão dramático quanto parece. Em entrevista ao Jornal O Globo, Walter Hildebrandi, diretor de tecnologia da Zendesk na América Latina, afirma que haverá muitas mudanças, mas acredita que as atividades realizadas por pessoas continuarão a ter um papel importante nas organizações.

“Os empregos vão se modificar. As grandes evoluções surgem, parecem que vão ameaçar empregos e, por fim, os seres humanos adaptam-se e passam a tirar proveito dos avanços, aumentando a produtividade e a eficiência. Sempre irão existir situações em que a empresa vai preferir que um agente assuma o controlo”, destaca Hildebrandi.

A capacidade de se adaptar a um novo cenário é apenas uma das diferentes soft skills que farão, cada vez mais, a diferença no mercado de trabalho. Afinal, as tecnologias de inteligência artificial não são capazes de substituir a convivência humana, a nossa capacidade de tomar decisões e de enfrentar situações adversas. E é por isso que trabalhar esses aspectos na educação é cada vez mais importante.

Soft skills na educação

As discussões a respeito das competências socioemocionais na educação já estavam presentes na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada no ano de 2017, no Brasil. Entre as competências gerais da educação básica que foram estabelecidas pelo documento, podemos realçar duas delas:

  • “Conhecer-se a si mesmo, apreciar-se e cuidar da sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo as suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.”
  • “Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promover o respeito pelos outros e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, os seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.”

O impacto causado pelo ChatGPT em diferentes áreas deve intensificar a abordagem deste tema em todos os níveis de educação. No ensino básico, a educação socioemocional deve ganhar espaço para inserir o desenvolvimento destas competências na rotina dos estudantes. Aqui, o uso de metodologias ativas pode ser um grande aliado dos docentes para trabalhar a temática.

Já nas instituições de ensino superior, disciplinas de soft skills estão a ser inseridas em currículos de diferentes cursos. Essa mudança deverá fazer com que os futuros profissionais sejam capazes de lidar com um mercado em constante transformação.

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Ativa e Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.

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