Preparar os alunos para o mercado de trabalho: eis um dos principais objetivos do Ensino Superior.
Para garantir a empregabilidade dos alunos, as instituições de ensino devem oferecer uma formação completa, com base nas competências exigidas pelo século XXI. Este conjunto de habilidades socioemocionais e de domínio prático é justamente o que propõe alcançar a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês).
Publicado pelo Fórum Económico Mundial a partir da percepção de 291 gestores a nível mundial, o relatório The Future of Jobs aponta que a revolução digital deve substituir 85 milhões de empregos e criar outros 97 milhões até 2025. É uma mudança considerável!
Tendo em vista esse cenário de profunda transformação, o relatório sugere as principais competências esperadas dos profissionais do futuro. São elas:
- pensamento analítico e inovação
- aprendizagem ativa
- resolução de problemas complexos
- pensamento crítico
- criatividade
- originalidade
- iniciativa
- capacidade de análise
Mas não se engane: isso não significa que a teoria tem menos importância. Um engenheiro não pode exercer a sua profissão sem conhecimento técnico das disciplinas da área das ciências exatas, por exemplo.
Acontece que certas competências são pré-requisito no novo ambiente profissional, ao privilegiar formandos que, além da teoria, carregam uma larga bagagem de experiências práticas.
O aluno no centro do processo de aprendizagem
A introdução da Aprendizagem Baseada em Projetos no ensino superior – em parceria com outras metodologias ativas – faz com que os alunos tenham uma participação direta no processo de resolução de problemas. Isso ocorre através da construção de projetos que geram novas propostas de serviços e produtos.
Assim, os estudantes adquirem experiência que será valorizada no meio profissional e acumulam um portfólio competitivo que fará a diferença na procura do primeiro emprego.
Além de responder às determinações curriculares obrigatórias e aos desígnios do mercado de trabalho, a PBL está a criar um novo paradigma na educação.
Afinal, a discrepância em relação ao que desejam e necessitam os estudantes – principalmente os mais jovens – e o que as aulas puramente expositivas oferecem está a provocar o esgotamento do modelo tradicional.
Esta atualização metodológica também está a acontecer no ensino básico e secundário, onde vemos cada vez mais instituições de ensino, tanto regular como profissional, a introduzir a Aprendizagem Baseada em Projeto como a sua metodologia ativa de ensino preferencial.
Se tamanha inovação curricular, pedagógica e metodológica tiver continuidade no Ensino Superior, melhor ainda.
Todos colherão benefícios: instituições, alunos, comunidades e iniciativa privada. Afinal, a experiência envolvente e ativa proposta pelo ensino por projeto já provou que pode promover um salto enorme em termos de aprendizagem e no desenvolvimento de características pessoais e sociais altamente valorizadas pelo mercado de trabalho.