A resistência dos docentes às novas tecnologias e métodos de ensino

A resistência à mudança é normal no ser humano. Quando uma situação familiar sofre uma alteração, surge a necessidade de adaptação.

Este foi o dia-a-dia do mundo do ensino nos últimos dois anos. As novas tecnologias e metodologias entraram de rompante, e os professores acusaram uma dificuldade em adaptar-se, e até em aceitar novas práticas.

A inevitável mudança e os seus problemas

O sistema educativo nem sempre é tão dinâmico quanto deveria ser. As necessidades dos estudantes mudam, tal como as do mercado de trabalho e as da própria população.

Perante esta situação, adaptar-se é fundamental para evitar complicações de diferente índole. No entanto, o ser humano tem uma tendência quase natural para desconfiar e resistir a cenários de mudança, manifestando muitas vezes falta de interesse em inserir-se em novas realidades.

Muitas vezes, numa tentativa de manter o status quo, a resistência à mudança pode evoluir para uma oposição. É uma situação que se regista frequentemente na implementação de novas metodologias de ensino, como a aprendizagem baseada em projeto. A classe magistral é o método de ensino tradicional por excelência, e aceitar que existem outro métodos igualmente ou até mais adequados e eficazes nem sempre é fácil.

No fundo, este tipo de resistência cimenta-se no medo ao desconhecido. Passar de um ambiente de ensino familiar e seguro para uma realidade nova e na qual têm pouca experiência, é algo que causa reticência em muitos docentes. Muitos deles chegam mesmo à conclusão prematura que não faz nenhum sentido que as metodologias de ensino se adaptem à realidade do aluno atual, e não têm interesse em experimentar novos métodos de transmissão de conhecimento.

A própria predisposição do professor tem um papel no tipo de resistência oferecida à utilização de novas técnicas de ensino, tal como a cultura da instituição onde leccionam. A parte legal tem igualmente um peso importante: cada vez mais se introduzem alterações aos currículos para que o ensino seja mais prático, mais moderno e mais adequado à realidade que os alunos encontrarão no mundo profissional. No entanto, o apoio formativo aos professores nem sempre acompanha esta tendência.

Como superar a resistência à mudança?

Muitas vezes a resistência à mudança vem do desconhecimento dos objetivos e efeitos concretos de cada alteração, os seus benefícios e vantagens. Se os docentes não compreendem o que escola, professor e aluno têm a ganhar com a introdução de novas metodologias e ferramentas de ensino, dificilmente aceitarão tal mudança de bom grado.

Assim sendo, ao aplicar este tipo de mudanças, é importante delinear um plano de ação adequado que contenha estratégias de informação, esclarecimento, acompanhamento e formação do corpo docente. As novidades devem ser implementadas em conjunto com os professores e não impostas a estes. Os seus comentários, preocupações e pontos de vista devem ser levados em conta.

A formação desempenha aqui um papel central. Um docente que tenha sido formado em determinada metodologia de ensino, terá menos receio de a utilizar, mesmo que a sua experiência com a mesma seja limitada. A ausência de formação adequada somente aumentará a resistência.

É importante frisar que esta formação deve ser contínua: o mundo laboral muda rapidamente, tal como as capacidades e conhecimentos exigidos a quem nele pretende entrar. Por isso mesmo é essencial que quem forma os futuros profissionais esteja atualizado relativamente à realidade que os espera, e saiba prepará-los da melhor maneira possível.

A mudança é inevitável, e lutar contra ela apenas produzirá atrasos no processo de adaptação e atualização. A utilização de novas tecnologias e metodologias na sala de aula já é uma realidade, e a sua correta aplicação depende do quão preparados estão os professores responsáveis pela sua implementação, que acima de tudo, têm que compreender o valor que a mudança traz ao sistema educativo.

Sobre a DreamShaper

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.

Clique para saber mais sobre a DreamShaper.  

Facebook
Twitter
LinkedIn
COMENTARIOS