Economia da atenção: o impacto das redes sociais no ensino superior
Written by DreamShaper | DreamShaperQuando criou o termo economia da atenção, em 1971, o pesquisador norte-americano Herbert Alexander Simon já considerava a atenção humana um “bem escasso” – que, sob o ponto de vista econômico, seria capitalizado e tratado como mercadoria. Pode-se dizer que Simon foi um visionário: com o boom das redes sociais, a atenção humana se tornou mais escassa do que nunca.
Na esfera educacional, o conceito é igualmente aplicável. Fazer com que os estudantes se concentrem em um determinado conteúdo nunca foi uma tarefa fácil para os professores – e se tornou ainda mais complicada nas últimas décadas.
Considerando o volume de informações a que as novas gerações são submetidas diariamente, exigir que esses alunos armazenem tudo na cabeça é pura perda de tempo.
Para atrair o interesse dos estudantes, é preciso oferecer recursos de aprendizagem que se alinhem à nova economia da atenção. No post de hoje, mostramos como as instituições de ensino superior (IES) podem utilizar a sistemática das redes sociais para reverter esse cenário.
Conteúdo abundante x conteúdo relevante
Uma pesquisa publicada pelo periódico científico World Psychiatry Journal constatou que a internet é “um estímulo supernormal para a memória, transformando todas as outras opções de descarga cognitiva redundantes”. Por causa disso, formas de transmissão de conhecimento limitadas pela capacidade de armazenamento – como os livros – acabaram, de certa forma, sendo suplantadas por ela.
De acordo com o Global Digital Report 2024, os brasileiros passam, em média, 9 horas e 13 minutos por dia online. Mais de um terço desse tempo (3h37min) é gasto em redes sociais, onde uma infinidade de conteúdos, novos e antigos, é consumida todos os dias.
Mas a quantidade de informações não é o único trunfo da internet. Muito de sua capacidade de captar e reter a atenção se deve ao formato. É o caso das redes sociais, que “embalam” o conteúdo em aplicativos com design atraente e fáceis de acessar.
Essa tática converge com a abordagem de Simon sobre a economia da atenção. Segundo ele, as organizações (educacionais ou não) deveriam ser desenhadas de forma a “gerenciar eficientemente a falta de concentração”, estruturando o conteúdo de modo que as pessoas possam focar no que é mais relevante.
Entre os estudantes, os níveis de atenção são influenciados por fatores como motivação, relevância e valor percebido no tema. Por isso, de nada adianta oferecer um grande volume de objetos de aprendizagem se eles não forem organizados com um propósito pedagógico claro. Tendo isso em mente, as IES podem se valer das redes sociais para manter os alunos focados no estudo.
Como as redes sociais podem ajudar as IES a entender a economia da atenção
- Facilitando a comunicação
Como utilizam as redes sociais em seu dia a dia, os jovens estão mais familiarizados com a linguagem da web. A interação entre estudantes e docentes pode se beneficiar disso para estabelecer uma comunicação mais direta, que facilite o esclarecimento de dúvidas e a discussão de ideias fora do ambiente de sala de aula.
Recorrer a GIFs, memes e outros elementos gráficos derivados dessas mídias é uma forma de captar a atenção dos alunos.
- Dando acesso a múltiplos recursos
Algumas plataformas, como YouTube e LinkedIn, oferecem uma vasta gama de conteúdos educacionais, de palestras a tutoriais. As IES podem fazer uma curadoria desse material e reuni-los em uma biblioteca virtual.
E essa é uma via de mão dupla: as próprias instituições podem criar conteúdos personalizados, explorando formatos acessíveis, como vídeos e textos curtos, e disponibilizando em suas redes.
- Ajudando no desenvolvimento de competências
Se utilizadas em demasia, as redes sociais causam problemas – e a perda da concentração é apenas um deles. No entanto, com uma abordagem orientada para fins de aprendizagem, podem se tornar o passaporte para boas oportunidades profissionais.
Por meio delas, os estudantes conseguem compartilhar conhecimento e aprender uns com os outros. Além disso, o uso responsável dessas mídias faz com que os jovens se tornem mais críticos a respeito do que consomem na esfera digital.
- Estimulando o engajamento
Como já vimos, a forma é tão importante quanto o conteúdo. Materiais personalizados têm mais chances de captar a atenção dos alunos, assim como designs intuitivos incentivam a interação e prolongam o tempo de engajamento. As redes sociais podem tornar as aulas mais envolventes, em uma abordagem que inclua elementos de gamificação ou Aprendizagem Baseada em Projeto.
Nesse sentido, a DreamShaper surge como uma opção para as IES, ajudando-as a implantar metodologias ativas que dialogam de forma direta com os estudantes, proporcionando uma experiência de aprendizagem eficiente e tão engajadora quanto uma rede social.
Sobre a DreamShaper
A DreamShaper é uma edtech especializada em Aprendizagem Ativa que atua em 22 países e já promoveu o protagonismo de mais de 1 milhão de alunos por meio de experiências pedagógicas inovadoras e soluções de aprendizagem baseadas em projetos para instituições de ensino superior. Agende uma conversa e saiba mais!