Os primeiros dias do ano chegaram e, com eles, muita expectativa sobre como será 2023 para as instituições de ensino.
Após anos de impactos causados pela pandemia de Covid-19 e de mudanças profundas na forma de pensar os processos de ensino e aprendizagem, surge a oportunidade de aliar tecnologias e metodologias ativas em formatos inovadores e personalizados de ensino.
Chegou a hora de usar toda a expertise gerada na crise para colocar em prática tendências que até então pareciam distantes. Entram na lista o ensino híbrido, o uso de Inteligência Artificial (IA) e foco cada vez maior nas habilidades socioemocionais.
Entenda cada uma dessas tendências e como elas devem fazer parte da rotina escolar daqui para frente.
Hibridismo: o melhor de dois mundos
No artigo “O ensino híbrido no Brasil após pandemia do covid-19”, profissionais de diferentes áreas apontam a modalidade como “uma das grandes apostas para o processo de ensino e aprendizagem no século XXI, unindo as melhores práticas da modalidade presencial e da Educação a Distância (EaD)”.
Nesse formato, as aulas variam de acordo com a necessidade do conteúdo, com as atividades mais teóricas sendo feitas a distância e os momentos presenciais sendo focados em discussões e práticas.
Um ponto importante é a adoção de diferentes soluções tecnológicas na mediação do conhecimento, especialmente quando se trata de EaD. Contudo, será a metodologia utilizada o principal fator de sucesso ou não do hibridismo.
Vários estudos demonstraram que o ensino híbrido proporciona aos estudantes maior satisfação e engajamento. No entanto, para o modelo ser efetivo, é preciso repensar as diversas estratégias em sala de aula, seja ela em formato on-line ou presencial, além de capacitar os docentes para esse novo contexto.
Inteligência Artificial ganha espaço
Da mesma forma que se estabeleceu a confiança em realizar um Pix, será necessário construir uma relação de confiança com a Inteligência Artificial para usar esse tipo de tecnologia na educação.
A IA é um tipo de inteligência similar à humana, porém exibida por mecanismos ou software. Trata-se de uma forma de processar ou “pensar” informações de modo a produzir conclusões práticas, por meio de processamento de dados.
Antônio Claudio Jorge da Silveira, e Niltom Vieira Junior, autores do artigo “A inteligência artificial na educação: utilizações e possibilidades”, explicam que a IA oferece ao estudante uma base de dados gigantesca e interativa.
“Esse sistema lógico, físico e complexo está em constante construção e mutação, pois oferece personalização na aprendizagem por meio da construção do perfil de cada estudante e da indicação de temas desejados para cada momento específico”, diz o artigo.
As informações de cada aluno são cruzadas com os dados da plataforma, trazendo os melhores resultados a partir de desenhos individualizados com base em aspectos pedagógicos, psicológicos, técnicos e éticos, para oferecer uma aprendizagem cada vez mais personalizada.
Mesmo com toda a tecnologia, o auxílio, o planejamento e a orientação docente continuam indispensáveis. Trata-se, mais uma vez, de capacitar os professores e tutores para explorar as ferramentas da melhor forma, além de compreender como extrair o melhor dos sistemas.
Emoções no foco da sala de aula
De acordo com previsões do Fórum Econômico Mundial, até 2025, as transformações tecnológicas devem criar 97 milhões de novos empregos.
Antecipar as competências necessárias para postos que ainda não existem não é uma tarefa fácil. Porém, previsões estatísticas mostram uma demanda crescente por pensamento analítico, crítico e inovador, resolução de problemas, criatividade, originalidade e iniciativa.
Claro que muitas dessas habilidades já são essenciais hoje. No entanto, serão indispensáveis não só para o mercado de trabalho, mas para viver com qualidade em uma sociedade cada vez mais dinâmica.
Além disso, a educação socioemocional já está presente em diversas diretrizes, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Sobre a DreamShaper
A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente.