Ensino superior: Aprendizagem Baseada em Projetos ajuda a cumprir a curricularização da extensão

Conectar teoria à prática é um desafio para o ensino superior. A baixa permeabilidade do ensino e da pesquisa para fora dos campi deixa a situação complicada.

Sem dialogar com as comunidades onde estão inseridas, muitas instituições perdem a oportunidade de oferecer seu  conhecimento e propor soluções. Os estudantes aprendem, mas distantes da realidade do mercado.  

Tendo em vista esse cenário, o Conselho Nacional de Educação (CNE) definiu, em 2018, que um percentual mínimo da carga horária total dos cursos deve ser destinada a atividades de extensão. A medida ficou conhecida como curricularização da extensão e visa estimular a formação integral do estudante como cidadão crítico e responsável.  

O movimento é semelhante ao que acontece no ensino básico. Para encarar a falta de autonomia e oportunidades para os alunos colocarem a mão na massa, o Novo Ensino Médio estimula a criação de itinerários formativos. Trata-se de uma carga horária reservada a aplicação prática da teoria por meio de eixos estruturantes como a investigação científica e a intervenção sociocultural.  

A boa notícia é que as metodologias ativas se encaixam perfeitamente nas exigências da legislação para os dois níveis de ensino. A Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês), por exemplo, tem como base de funcionamento a observação de problemas reais e a busca coletiva por soluções. O que, como veremos em seguida, favorece o desenvolvimento de competências socioemocionais.  

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Quais são as diretrizes da curricularização da extensão

As diretrizes do CNE determinam que no mínimo 10% da carga horária total de qualquer curso superior seja destinada à extensão. A resolução que deu origem a curricularização da extensão instrui o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) a considerar o cumprimento da regra para efeitos de autorização e reconhecimento dos cursos.  

São consideradas atividades extensionistas programas, projetos, cursos, oficinas e prestação de serviços vinculados à formação do estudante. Independente do formato, elas precisam levar em conta a principal vocação da extensão. A saber, a articulação entre o ensino e pesquisa em ações que envolvam parceiros externos, como empresas, instituições sociais e a comunidade em geral. 

Parte dos componentes pode acontecer no ambiente online, mas a extensão tem um caráter essencialmente presencial. Inclusive, cursos de Educação a Distância (EAD) estão sujeitos à legislação. Nesse caso, as atividades devem ser realizadas em região compatível com o polo de apoio presencial no qual o estudante está matriculado.  

Outro ponto importante diz respeito ao acompanhamento dos projetos extensionistas. Isso porque o CNE definiu critérios para a contínua avaliação crítica dos mesmos. Entre eles, o impacto na formação do estudante e na qualificação docente, a relação com a sociedade e a participação dos atores externos, assim como os resultados gerais alcançados. 

O prazo para que as instituições se adequassem à curricularização da extensão era de três anos. Tendo em vista os efeitos da pandemia, o Parecer 498/2020 estendeu a data limite por mais um ano, até 18 de dezembro de 2022. Instituições que finalizarem o segundo semestre de 2022 antes desta data, podem alterar seus currículos a partir de janeiro de 2023. 

De qualquer maneira, as mudanças devem estar contempladas nos Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPCs) e no Projeto Pedagógico da Instituição (PPI). Os PPCs e o PPI precisam, portanto, passar por ajustes para acompanhar a nova realidade. 

 

Caminho aberto para a PBL

Um dos benefícios possíveis da curricularização da extensão é a substituição de disciplinas excessivamente conteudistas pelo ensino por projetos. A vantagem, nesse caso, é que elementos da aprendizagem ativa presentes na PBL – debater, praticar, ensinar uns aos outros – são mais eficientes na retenção do conhecimento do que a simples exposição ao conteúdo.

Mais do que isso, a construção de projetos oportunizada pela extensão é a melhor maneira de desenvolver as competências socioeomocionais dos alunos. Diversas pesquisas, como o relatório The Future of Jobs, do Fórum Econômico Mundial, já deixaram claro que as soft skills serão, cada vez mais, requisitadas pelo mercado de trabalho e pela vida em sociedade no século 21. 

As habilidades de pensamento criativo e analítico, originalidade e iniciativa são despertadas por ações de busca e inquietação, como explicou a gerente de produtos da Conexia Educação, Natália Messina, em webinar disponível no Youtube pela DreamShaper. É exatamente a proposta da PBL ao dar autonomia para o aluno assumir um papel central no processo de aprendizagem. 

Nesse processo, o estudante ainda domina ferramentas de organização, gestão e elaboração de projetos fundamentais na resolução de problemas complexos. E sempre que possível trabalhando em equipe – aspecto fomentador da cooperação e da empatia nos jovens. 

Ou seja, o Novo Ensino Médio e, agora, a curricularização da extensão abrem uma série de oportunidades para escolas e instituições de ensino superior inserirem a PBL nos seus currículos. Um caminho parecido ao tomado por países como Portugal e Espanha. Dessa maneira, o Brasil entra na rota de avanço da Aprendizagem Baseada em Projetos pelo mundo

 

Sobre a DreamShaper

Para aproveitar o melhor da PBL, conheça a DreamShaper. A DreamShaper é uma ferramenta digital especializada em Aprendizagem Baseada em Projetos. Ele fornece a escolas e universidades projetos pré-definidos que incluem desafios, atividades e problemas autênticos em áreas como pesquisa, empreendedorismo, cidadania e carreira – sempre com a possibilidade de personalizar o conteúdo às necessidades do aluno. Além de ajudar o estudante a desenvolver as habilidades mais importantes do século XXI, a DreamShaper poupa o tempo do professor, que não precisa planejar os conceitos e aplicações dos projetos. Por incluir as metodologias prontas a utilizar, a DreamShaper permite que o professor se concentre em quem mais importa: o aluno.  

 

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