Ensino superior: 4 desafios para a gestão acadêmica em 2022

Desde o início da pandemia de Covid-19, em 2020, não faltaram desafios para as instituições de ensino superior (IES).

Os gestores precisaram lidar com a migração repentina para o ensino remoto, os cuidados sanitários com a equipe acadêmica, os problemas financeiros de milhares de alunos, entre outras adversidades.

Dois anos depois, embora haja confiança na recuperação do setor, a crise ainda assusta. A variante ômicron ameaça a volta às aulas presenciais e a economia brasileira anda a passos lentos, o que impacta no bolso dos alunos. Mais uma vez, será necessário planejamento e criatividade para dar a volta por cima. 

Tendo em vista esse cenário, apontamos, abaixo, 4 desafios para a gestão acadêmica das IES em 2022 – e alguns caminhos para contorná-los e fazer desse um ano de retomada. 

1) Evasão

Em 2020, quando iniciou a pandemia de Covid-19 no Brasil, 3,78 milhões de alunos evadiram de universidades privadas. No ano seguinte, o quadro não melhorou. Em 2021, mais 3,5 milhões de alunos largaram os estudos – uma taxa de 36,6%, segundo o Semesp, instituto que representa as mantenedoras de ensino superior brasileiras. 

Em 2022, a expectativa é estancar a sangria do setor. Do ponto de vista da gestão acadêmica, isso depende, em primeiro lugar, do monitoramento da participação dos alunos nas atividades, identificando casos de evasão o mais rápido possível. Além do mais, o contato com os estudantes depende de uma régua de relacionamento clara e eficiente.

2) Inadimplência

Entre os estudantes que não abandonaram os estudos, há aqueles que deixaram de pagar as mensalidades. Nos dois anos de pandemia, as taxas de inadimplência no ensino superior foram as maiores já registradas. A taxa foi de 9,9% e 9,4% em 2020 e 2021, respectivamente. Entre abril e maio de 2020, o índice chegou a crescer 75%.

Os persistentes impactos econômicos da crise sanitária preocupam os gestores. Uma saída adotada por muitas IES é a adoção de políticas de desconto para alunos desempregados ou com dificuldades econômicas devido à pandemia. A medida pode reduzir os recursos no curto prazo, mas garante a saúde financeira no longo prazo

3) Captação

A captação de alunos sempre foi um desafio devido à forte concorrência do setor. Em um cenário de evasão e inadimplência, o desafio é ainda maior. Afinal, o risco de contaminação pela Covid-19, a incerteza em relação às aulas presenciais e – mais uma vez – as dificuldades econômicas, entre outros fatores, adiam a entrada no ensino superior. 

Enquanto as estratégias presenciais perdem valor, não há como fugir do marketing digital e de novos canais de captação. Algumas dicas são: acompanhar a jornada de decisão do prospect, monitorar o mercado da região, ofertar tour virtual pelo campus e engajar colaboradores e alunos na captação através de programas de embaixadores. 

4) Legislação

O ensino superior brasileiro está prestes a passar por mudanças na sua legislação. A curricularização da extensão entra em vigor em janeiro de 2023. Segundo as diretrizes do Conselho Nacional de Educação (CNE), as IES devem reservar 10% da carga horária total de todos os cursos de graduação para atividades de extensão a partir do ano que vem.  

Para dar conta desse desafio, os gestores acadêmicos contam com metodologias de ensino como a aprendizagem baseada em projeto (ABP ou PBL, na sigla em inglês). Com a PBL, é possível implementar a curricularização da extensão colocando os alunos para resolver problemas reais da comunidade. Nesse caso, plataformas de gestão de projetos também podem ajudar. 

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