Curricularização da extensão na prática: 3 exemplos bem-sucedidos com uso de PBL

O ano letivo começou com uma importante mudança na rotina das instituições de ensino superior (IES) brasileiras.

A partir deste semestre, as universidades precisam reservar 10% da carga horária de seus cursos de graduação para atividades extensionistas. 

Tornada obrigatória por meio de resolução de 2018 do Conselho Nacional de Educação (CNE), a curricularização da extensão atende a uma demanda da Constituição Federal. Em seu artigo 207, a Carta estabelece o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Na prática, porém, nem todas as universidades davam atenção ao último tópico. 

Pelas novas diretrizes do CNE, as atividades extensionistas precisam levar em conta a articulação entre ensino e pesquisa em ações que envolvam instituições sociais, empresas e a comunidade onde a IES está inserida. Conforme sua caracterização nos projetos políticos pedagógicos dos cursos, elas podem ser definidas como:

  • Programas;
  • Projetos;
  • Cursos e oficinas;
  • Eventos;
  • Prestação de serviços.

Para cumprir essas exigências, as universidades passaram os últimos quatro anos buscando uma forma de remodelar seu Projeto Pedagógico Institucional e os Projetos Pedagógicos dos Cursos, entre outros aspectos. Algumas se adiantaram e conseguiram concluir o processo antes do prazo determinado. 

Uma nova experiência

O Grupo Tiradentes é um exemplo bem-sucedido de curricularização da extensão. Fundada em Sergipe, a IES atualizou sua grade curricular em parceria com a DreamShaper, por meio da Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP ou PBL, na sigla em inglês).

A “Experiência Extensionista” do grupo consiste em elaborar projetos para resolver problemas reais das comunidades regionais, estreitando laços com essa população. Com a matrícula multidisciplinar, estudantes de diferentes cursos formam equipes por afinidade de temas, sempre sob a orientação de um docente. 

Os espaços virtuais da edtech proporcionam o acompanhamento, monitoramento e registro das atividades de extensão desenvolvidas pelos discentes. Com os canais de comunicação síncronos e assíncronos o contato direto entre estudantes, professores e a comunidade é ágil e simples, permitindo o feedback do orientador a cada etapa desenvolvida e a avaliação contínua de cada projeto.

Como a curricularização foi iniciada ainda no auge da pandemia, as ferramentas tecnológicas se tornaram aliadas imprescindíveis nesse processo. “Com a DreamShaper, nós temos a possibilidade de fazer o aluno construir o seu plano de trabalho dentro de um cenário que é colocado pela nossa estrutura de apoio e de acompanhamento do preceptor extensionista”, afirma o vice-presidente acadêmico da instituição, Temisson José dos Santos.

Capacitação docente: um investimento fundamental

Na educação a distância (EaD), a curricularização da extensão representou um desafio a mais para gestores e professores. Em Ipatinga (MG), a Faculdade Única entendeu que adotar a Aprendizagem Baseada em Projeto era a melhor forma de colocar as atividades em prática. Na EaD, parte das ações de extensão podem ser realizadas virtualmente, porém, sempre levando em consideração a realidade da região do polo de apoio presencial no qual o aluno está matriculado.

Outro ponto de atenção é em relação ao engajamento: as IES devem planejar estratégias que assegurem a frequência das atividades extensionistas e o estímulo de uma aprendizagem concreta entre os estudantes de EaD. Para isso, a faculdade decidiu investir na capacitação dos educadores, como destaca o diretor executivo William José Ferreira.

“É importantíssimo que o corpo docente esteja motivado com a metodologia. Porque se não souber a importância dela e não estiver convicto de que a PBL trará ganho para o processo de ensino e aprendizagem, não damos o próximo passo”, argumenta o gestor. Para ele, o uso de metodologias ativas é um incentivo ao protagonismo dos estudantes. “Com a Aprendizagem Baseada em Projeto, é possível visualizar o engajamento do aluno, que se envolve e sente uma satisfação diferente.”

Otimizando processos

Outro grupo que adotou a ferramenta de gestão de projetos da EdTech no processo de curricularização da extensão foi o Ecossistema Brasília Educacional. A partir do diagnóstico dos problemas da comunidade local facilitado pelo uso da PBL , os estudantes desenvolvem projetos alinhados aos portfólios dos cursos, buscando soluções para melhorar a vida dos moradores. 

Conforme a diretora acadêmico-pedagógica Elisa Faria, a tecnologia também ajudou a reorganizar a carga horária do corpo docente da IES, dando eficiência ao processo pedagógico e até mesmo à gestão financeira. “Com a ferramenta da DreamShaper, o professor está otimizando o seu tempo, pois ele tem à disposição uma interface em tempo real muito mais produtiva. O professor horista, por exemplo, entende que a sua hora de trabalho será melhor aproveitada”, ressalta. 

Alunos no centro do processo

Em todas as universidades mencionadas, a percepção é de que os projetos extensionistas planejados com apoio da plataforma tiveram boa receptividade dos alunos, o que, por consequência, ajudou a melhorar o desempenho acadêmico. 

Não chega a ser uma surpresa: uma vez que eles se identificam com as novas tecnologias, conseguem usufruir plenamente desse processo. Ao estimular aspectos cognitivos, comunicacionais e socioemocionais dos estudantes, a PBL permite que eles assumam o protagonismo da própria aprendizagem. 

Sobre a DreamShaper 

A DreamShaper é uma EdTech especializada em Aprendizagem Baseada em Projeto que apoia Instituições de Ensino em mais de 20 países na implementação de metodologias ativas, por meio da sistematização do trabalho com projetos de forma inovadora e eficiente. 

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