Como será a adoção do ensino híbrido em 2022

Conforme o fim do ano se aproxima, listas e artigos sobre as principais tendências para a educação em 2022 pipocam em jornais, sites, blogs e redes sociais.

Com variações aqui e acolá, os especialistas do setor são quase unânimes ao colocar o ensino híbrido entre as projeções do próximo ano. 

As previsões não surpreendem. Tudo começou quando a pandemia jogou a educação básica e a superior para o ensino remoto. Escolas e universidades usaram a tecnologia para manter as aulas em andamento. Apesar das dificuldades, foi durante o isolamento social que boa parte das instituições descobriram as potencialidades da educação a distância (EAD). 

Mais tarde, especialmente no segundo semestre de 2021, com a redução no número de mortes por Covid-19 e o avanço da vacinação, novas possibilidades apareceram.

O retorno gradual às salas de aula forçou uma nova migração. Dessa vez, optou-se por uma mescla do EAD com o presencial. Era hora de o ensino híbrido ganhar força. 

O ensino híbrido supera barreiras históricas entre o EAD e o presencial. Assim, promete aproveitar o melhor de cada uma das modalidades. Parte das atividades acontece online, parte em sala de aula, podendo ser síncronas ou assíncronas. Se bem modelada e estruturada, trata-se de uma estratégia que agrega tecnologias inovadoras à educação e otimiza o processo de ensino e aprendizagem. 

Mas e agora, com escolas e universidades reabrindo as portas em definitivo para as aulas presenciais, o ensino híbrido continuará em 2022? 

O cenário legal

As instituições de ensino superior (IES) estão amparadas pela legislação para manter o ensino híbrido em 2022. Desde 2019, uma portaria do Ministério da Educação permite que 40% da carga horária dos cursos presenciais seja ofertada a distância. A medida garante, portanto, o funcionamento de graduações híbridas mesmo antes da pandemia. 

No pós-pandemia, a perspectiva aponta para um crescimento da modalidade. Afinal, o ensino híbrido agrada aos alunos. Para se ter uma ideia, segundo uma pesquisa do Semesp, entidade que representa mantenedoras do ensino superior no Brasil, 53,8% dos estudantes de instituições privadas e 56,8% de universidades públicas querem a manutenção das aulas remotas em conjunto com encontros presenciais. 

Na educação básica, um parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE), autoriza a realização de atividades remotas até 31 de dezembro de 2021.

Segundo um levantamento do jornal Folha de São Paulo, até o início de dezembro, apenas sete estados não definiram a volta às aulas presenciais para todos os alunos em todos os dias da semana em 2022.   

Entretanto, isso não significa o fim do ensino híbrido na educação básica. A modalidade pode ser usada, por exemplo, em aulas complementares e extracurriculares.

No ensino médio, as diretrizes curriculares nacionais, homologadas em 2018, permitem de 20% a 30% da carga horária a distância. Aliás, o CNE deve apresentar, em janeiro, um documento favorável a permanência do ensino híbrido na educação básica após a pandemia. 

Ensino híbrido na prática

A manutenção do ensino híbrido é vista com bons olhos por parte dos professores. Em uma pesquisa realizada pelo Instituto Península com mais de 2,5 mil docentes e gestores escolares das redes pública e privada, 59% dos entrevistados reconheceram os formatos híbridos como alternativa para personalizar e potencializar o desenvolvimento dos alunos. 

Para garantir os resultados esperados, a implementação do ensino híbrido requer a introdução de tecnologias no processo de ensino e aprendizagem. Mas esse é apenas o começo. Daqui para frente, não basta dividir a carga horária entre presencial e a distância, síncrona e assíncrona, como aconteceu em muitas instituições durante a pandemia.

Na educação básica, as escolas devem definir com clareza quais etapas se encaixam melhor no ambiente online ou no offline.

Para isso, elas contam com o apoio das metodologias ativas, como a Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP ou PBL, na sigla em inglês), que são facilmente adaptáveis à modalidade. 

A consolidação do ensino híbrido depende, portanto, de suporte metodológico, professores capacitados e tecnologia de qualidade. Com esse tripé – e o suporte da legislação -, é provável que a modalidade deixe de ser uma tendência para se tornar uma realidade em 2022. 

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