Como o Centro Paula Souza usou a PBL a favor da empregabilidade

O Centro Paula Souza (CPS) é uma autarquia do governo de São Paulo responsável pela administração de 263 escolas técnicas e 73 faculdades de tecnologia.

Foi criado há mais de 50 anos, com um planejamento estratégico voltado à empregabilidade dos alunos. Em 2014, para responder às transformações da sociedade e do mercado de trabalho no século 21, a instituição apostou na Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP ou PBL, na sigla em inglês). 

Segundo o coordenador de projetos e agente de inovação e empreendedorismo do CPS, professor Gislayno Monteiro, até então o foco era ensinar habilidades puramente técnicas. Foi quando ficou claro que era preciso ir além e garantir o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, conhecidas como soft skills – uma exigência crescente para o sucesso profissional dos jovens. 

Por essa razão, optou-se pela PBL. “Geralmente os jovens têm domínio do saber fazer, das habilidades técnicas. Mas muitos deles não possuem, por exemplo, a atitude, ou seja, o querer fazer”, explica Monteiro. “O querer fazer é uma das competências comportamentais que só conseguimos despertar oferecendo a oportunidade de desenvolver projetos.” 

Atualmente, todos os trabalhos de conclusão de curso (TCC), nas escolas técnicas ou faculdades do CPS, são fundamentos em projetos. Além disso, a PBL está inserida no projeto pedagógico de diversas escolas técnicas e faz parte de toda a formação dos alunos. A estimativa é que cerca de 18 mil estudantes do CPS tenham acessado a plataforma DreamShaper, valendo-se das vantagens da aplicação da PBL no ensino profissional e técnico.

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Impulso à empregabilidade

São dez soft skills que o CPS desenvolve nos alunos: 

  1. Resolução de problemas; 
  2. Comunicação clara e objetiva; 
  3. Tomada de decisão; 
  4. Iniciativa;
  5. Criatividade; 
  6. Autonomia intelectual;
  7. Trabalho em equipe; 
  8. Visão estratégica; 
  9. Capacidade analítica;  
  10. Planejamento de projetos.

O objetivo é fomentar a empregabilidade a longo prazo. De acordo com Monteiro, mesmo sem as competências socioemocionais os alunos até conseguem se inserir no mercado de trabalho. Mas, provavelmente, terão dificuldade para manter os empregos ou conseguir novas vagas com o correr dos anos.    

O segredo, neste formato de ensino, é manter o equilíbrio entre teoria e prática – e entre soft e hard skills. Esta é a chave para qualquer modelo pedagógico dar certo. E um dos motivos que tornam a aprendizagem baseada em projetos perfeitamente adaptável às características do ensino profissional e técnico. 

“O bom projeto pedagógico é aquele em que a teoria acompanha a prática. E a PBL se encaixa perfeitamente nessas necessidades, uma vez que o aluno usa os conhecimentos técnicos e teóricos aprendidos em sala de aula para resolver problemas reais da sociedade”, ressalta o professor Monteiro.  

O impacto em alunos e professores

Para Monteiro, as experiências de muitas instituições mostram que o principal desafio para a aplicação da PBL é a mudança de postura do professor. É necessário qualificação para que muitos docentes abandonem o perfil conteudista clássico em prol do ensino por projetos. 

Ciente disso, o CPS montou uma área dedicada apenas a capacitação, que também contou com apoio da DreamShaper. Para se ter ideia, em 2019, ano anterior ao início da pandemia, foram mais de 440 mil horas dedicadas aos treinamentos.  

Ao mesmo tempo, a PBL promove os alunos ao papel de protagonistas do processo de ensino e aprendizagem. E, de acordo com Monteiro, dá aos estudantes uma noção da complexidade dos fenômenos sociais, o que aumenta sua receptividade aos projetos. 

Nesse contexto, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU), são valorizados dentro do Centro Paula Souza. Alguns desses objetivos incluem a erradicação da pobreza, o uso de energia limpa e acessível e o consumo e produção responsáveis.

“Tendo os ODS como norte, os alunos entendem que estão criando produtos e serviços capazes de modificar a realidade e trazer benefícios para toda a sociedade”, diz Monteiro, do CPS. “Assim, trabalhando com projetos, oferecemos um propósito. Quando o aluno enxerga um propósito naquilo que está fazendo, o engajamento dá um salto.” 

 

Sobre a DreamShaper   

Para aproveitar o melhor da PBL, conheça a DreamShaper. A DreamShaper é uma ferramenta digital especializada em Aprendizagem Baseada em Projetos. Ele fornece a escolas e universidades projetos pré-definidos que incluem desafios, atividades e problemas autênticos em áreas como pesquisa, empreendedorismo, cidadania e carreira – sempre com a possibilidade de personalizar o conteúdo às necessidades do aluno. Além de ajudar o estudante a desenvolver as habilidades mais importantes do século XXI, a DreamShaper poupa o tempo do professor, que não precisa planejar os conceitos e aplicações dos projetos. Por incluir as metodologias prontas a utilizar, a DreamShaper permite que o professor se concentre em quem mais importa: o aluno.  

 

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