O ensino híbrido ganhou bastante destaque nos dois últimos anos.

A pandemia do coronavírus provou-se altamente desafiante para os sistemas de educação a nível mundial. Na maioria de casos, as aulas foram suspensas e levadas a cabo de maneira remota. Neste contexto, como evolucionou este tipo de ensino?

O que é exatamente o ensino híbrido?

É uma combinação entre educação presencial e remota que permite o ensino síncrono e assíncrono. Para a sua aplicação utilizam-se distintas plataformas e ferramentas de aprendizagem online. Dete modo os alunos podem aceder aos conteúdos utilizados nas aulas, e podem desenvolver as suas atividades virtualmente. Estas características oferecem uma grande flexibilidade e agilidade ao ensino híbrido.

Por outro lado, a realidade é que a pandemia – embora controlada – não terminou. Alunos que estejam infetados ou tenham tido contatos próximos com pessoas infetadas têm que cumprir quarentena.

Perante esta realidade, é essencial garantir que podem continuar com os seus estudos. Graças ao ensino híbrido, se o aluno é obrigado a ficar em casa durante uma ou duas semanas, não perderá o desenvolvimento da matéria leccionada. Poderá realizar exercícios, aceder a conteúdos e até fazer exames.

Assim, o processo de aprendizagem não é repentinamente suspendido, nem abruptamente retomado. Adicionalmente, ao ser compatível com o ensino assíncrono, a falta de meios tecnológicos torna-se um factor menos preocupante. Por exemplo, se dois irmãos tiverem que partilhar um único computador, podem perfeitamente utilizá-lo em momentos distintos e nenhum dos dois será prejudicado.

Como se implementa?

A tecnologia e as ferramentas digitais são fundamentais para o seu funcionamento. Como base, os alunos necessitam de uma plataforma online para apoiar o seu trabalho, embora isto não suponha uma novidade: há anos que as instituições de ensino se apoiam neste tipo de plataformas para digitalizar processos. No entanto, estas soluções ganham uma importância redobrada na implementação do ensino híbrido.

No fundo, fazem a ponte entre a sala de aula e a casa do aluno. Do seu lado, o professor pode partilhar exercícios, documentos, comentários e até avaliar o aluno. Quando as aulas são síncronas através de video-chamada, quem não puder assistir ao vivo poderá aceder aos conteúdos mais tarde, evitando perder a aula.

O ensino híbrido é compatível com qualquer método educativo. As instituições de ensino que , por exemplo, utilizam aprendizagem baseada em projetos, não têm qualquer dificuldade em adaptar-se. Os alunos continuam a ter objetivos para cumprir, e o professor realiza a supervisão e apoio constante ao trabalho do estudante.

Vantagens do ensino híbrido

Os alunos são quem mais ganha. Estimular a sua autonomia torna-se um processo diário, visto que têm liberdade para pesquisar as respostas aos exercícios propostos. Embora contem sempre com o apoio do professor, habituam-se a ser protagonistas da sua aprendizagem e acabam por desenvolver métodos de trabalho e de aproveitamento de tempo.

É igualmente importante destacar a flexibilidade do modelo híbrido, que oferece ao aluno distintas fontes de informação além do professor, bem como vários momentos de aprendizagem, rompendo as barreiras do ensino estritamente presencial.

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